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Aníbal Diniz: três jogos do Mundial; Cidinho Santos: trecho de Cuiabá a Brasília | Waldemir Barreto/Agência Senado;  Pedro França/Agência Senado
Aníbal Diniz: três jogos do Mundial; Cidinho Santos: trecho de Cuiabá a Brasília| Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado; Pedro França/Agência Senado

R$ 2,9 mil foi o valor gasto pelo senador Aníbal Diniz com passagens aéreas para ver jogos da Copa do Mundo. Ele afirma que não pretende devolver o dinheiro e afirma que as viagens tinham caráter "institucional", já que ele faz parte de uma subcomissão relativa à Copa.

Pelo menos dois senadores usaram passagens pagas pelo Senado para ver jogos da Copa do Mundo: Aníbal Diniz (PT-AC) e Cidinho Santos (PR-MT). Diniz mandou para o Senado a conta das três passagens aéreas, somando R$ 2.988,27, referentes à ida a dois jogos. Já o senador Ci­­dinho gastou R$ 1.044,53 numa passagem de São Paulo para Cuiabá, após assistir ao jogo de abertura da Copa do Mundo. Ontem, ele devolveu o valor à Casa.

Diniz gastou R$ 1.431,25 para voar de Brasília a São Paulo em 12 de junho, a tempo de ver a partida entre Brasil x Croácia, na abertura da Copa, no Itaquerão. Voltou a Brasília no mesmo dia, tendo pago R$ 535,47 pelo trecho. O senador petista foi a mais dois jogos: Brasil x Camarões, em Brasília, em 23 de junho; e na última terça-feira, no Mineirão, onde assistiu à derrota do Brasil para a Alemanha. Só para voar de Brasília a Belo Horizonte, gastou R$ 1.021,55.

Já Santos viajou de Cuiabá a Brasília em 10 de junho com a verba indenizatória – dinheiro a que os parlamentares têm direito para compromissos relacionados ao mandato – para trabalhar no Congresso. No dia seguinte, viajou a São Paulo com recursos próprios. Porém, fez o trajeto de São Paulo a Mato Grosso com dinheiro público.

Explicações

Diniz disse que, em sua opinião, não extrapolou o uso de recursos públicos comprando passagens aéreas. Argumentou ter ido aos três jogos a convite da CBF porque integra a Subcomissão de Acompanhamento da Copa do Mundo 2014 e das Olimpíadas de 2016. "Usei as passagens para ir institucionalmente a um evento organizado pelo governo brasileiro e pela CBF", disse o senador, que não pretende devolver o dinheiro aos cofres públicos.

A subcomissão citada por Diniz foi criada pelos senadores em março de 2011. No entanto, se reuniu apenas três vezes. Desde abril, a subcomissão sequer tem presidente, já que Sérgio Souza (PMDB-PR) deixou o Senado com o retorno da titular do mandato, Gleisi Hoffmann (PT-PR). Diniz é vice-presidente e também não não assumiu o posto.

Sem querer

O senador Cidinho Santos disse que não teve a intenção de usar dinheiro público. Após consultar sua assessoria e a agência contratada para comprar suas passagens, afirmou que houve uma confusão por parte da agência. A assessoria do senador enviou um documento da agência mostrando que os demais trechos que envolviam a ida a São Paulo, para a abertura da Copa do Mundo, foram comprados com recursos do senador. Além do jogo Brasil x Croácia, Santos foi a mais três partidas da Copa, todas em Cuiabá: Chile x Austrália, Japão x Colômbia e Nigéria x Bósnia. Os ingressos, afirmou o parlamentar, foram uma cortesia de uma das empresas patrocinadoras da Copa do Mundo, o Grupo Marfrig, produtor de carnes.

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