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O pré-candidato pelo PSDB à Presidência, José Serra, afirmou nesta terça-feira (8) que, se eleito, financiará por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) o tratamento de dependentes químicos. "O SUS precisa financiar as internações em clínicas especializadas ou em comunidades terapêuticas", disse, em reunião com especialistas em políticas públicas contra as drogas, em São Paulo. Partiu de Serra a iniciativa de reunir 20 médicos e representantes de entidades de apoio a dependentes.

Segundo o tucano, o problema das drogas o "atormenta" e, por isso, buscou ajuda de especialistas para construir uma proposta de governo para a área. "É um perigo improvisar nessa matéria. Você pega uma pesquisa, vê que há preocupação e vem com qualquer tipo de medida", disse, em referência às ações do governo federal. O Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack, anunciado no fim de maio pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi alvo de críticas de psiquiatras que participavam do evento, que o classificaram como "absurdo" e "ideológico".

Apesar das alfinetadas, Serra evitou polemizar ao ser questionado sobre o programa de Lula. "Eu não vou dar lides dessa natureza. De repente, não sai mais nada (no jornal). Só o tititi do duelo." O plano da administração federal prevê reforço ao atendimento de viciados em Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) e em consultórios de rua. Serra pretende usar como modelo para o País, se eleito, as clínicas para tratamento de dependentes que criou quando governador de São Paulo, em parceria com entidades sociais.

"Há uma resistência à ideia de que possa ter uma clínica especializada em dependente químico, mas os hospitais gerais não são equipados para recebê-los", disse. "O SUS é contra as clínicas que criamos e contra os Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs) de Psiquiatria, que o governo paulista vai lançar em julho."

Bolívia

Serra prometeu, mais uma vez, reforçar a segurança nas fronteiras para combater a entrada de drogas no País caso seja eleito. O tucano considerou "exageradas" as reações a sua declaração sobre o tráfico de drogas da Bolívia para o Brasil. Em maio, o pré-candidato acusou o governo boliviano de cumplicidade com o tráfico.

"Não vejo porque discutir a origem da droga seja um problema diplomático." Questionado sobre a participação da Colômbia no tráfico, minimizou: "No governo colombiano, não há esse corpo mole em relação à produção de drogas como há na Bolívia."

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