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Servidores com churrasqueira no Centro Cívico: alerta de que a "batata" dos políticos está "assando" | Antonio Senkovski/Gazeta do Povo
Servidores com churrasqueira no Centro Cívico: alerta de que a "batata" dos políticos está "assando"| Foto: Antonio Senkovski/Gazeta do Povo

Servidores públicos e outros manifestantes aproveitaram o feriado de carnaval para protestar nesta terça-feira contra o "pacotaço" de austeridade do governador Beto Richa (PSDB). Manifestações bem-humoradas ocorreram em Curitiba, Cascavel e Londrina.

No Centro Cívico, em Curitiba, um grupo de cerca de 20 pessoas ficou ao redor de uma churrasqueira assando batatas. Eles criaram um cardápio de recheio para batatas que ironizava todos os deputados estaduais que se posicionaram a favor da aprovação apressada do pacotaço, na semana passada. O ato buscou demonstrar que, para alguns políticos, incluindo Richa, a "batata está assando".

O manifesto foi organizado por algumas entidades que apoiam as greves dos professores estaduais. Desde o dia 9, um acampamento de profissionais da educação é mantido em frente do Palácio Iguaçu e da Assembleia Legislativa. Eles afirmam que não irão sair do Centro Cívico enquanto o governo não negociar os pontos dos projetos (o Palácio Iguaçu os retirou da Assembleia após as manifestações da semana passada, mas não desistiu das medidas de austeridade).

Uma das participantes do protesto, Anaterra Viana, de 30 anos, explicou que a chuva mudou os planos do grupo. Em vez de fazer em um único dia, a batata assada dos políticos será feita todos os dias. "Convocamos todos que quiserem vir participar, e quem quiser trazer sua batata recheada para assar aqui é bem-vindo", disse a manifestante.

Em pelo menos duas outras grandes cidades do interior também ocorreram protestos criativos nesta terça. Cerca de 30 servidores, a maioria professores da Universidade Estadual de Londrina, aproveitaram o clima carnavalesco para desfilar com o bloco do "Pacote do Calote". Usando máscaras com imagens de políticos, eles se juntaram às comemorações de carnaval na Praça Nishinomiya, em frente do aeroporto da cidade, para cantar marchinhas com letras de protesto contra o "pacotaço" do governo.

Com fantasias características e instrumentos musicais, professores da Universidade do Oeste do Paraná e servidores do Hospital Universitário do Oeste do Paraná também realizaram uma manifestação no centro de Cascavel. Eles cantaram versões com letras de protestos para marchinhas famosas de carnaval. Nem mesmo a chuva forte que caiu sobre a cidade diminuiu o entusiasmo dos manifestantes, que sambaram durante todo o tempo.

Um grupo de professores de Corbélia, cidade vizinha de Cascavel, foi o primeiro a apresentar a marchinha de protesto. "A gente vai aproveitar a alegria do carnaval para protestar. A gente está aqui se divertindo, mas é para protestar", disse a professora Eliane Marcelino do Carmo. "Queremos mostrar a ele [o governador Beto Richa] que a tristeza nos uniu e que a alegria vai nos manter fortes."

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