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Servidores da Justiça Federal do Paraná (JFPR) estão em "estado de greve" e deram início, na tarde desta quinta-feira (23), a uma série de manifestações. Nos próximos dias, paralisações temporárias devem ocorrer em pelo menos sete das 15 subseções da instância jurídica no estado.

O movimento, liderado pelo Sindicato dos Servidores da Justiça Federal e da Justiça Eleitoral (Sinjuspar), começou por Curitiba, nesta tarde. Os manifestantes interromperam os serviços no prédio do órgão na Avenida Anita Garibaldi, 888, no bairro Ahú, entre 14h e 16h. De acordo com o presidente do Sinjuspar, Jair Aparecido do Nascimento, cerca de 30 pessoas participaram da manifestação. Nesta sexta-feira (24), um novo ato deve ser realizado no prédio, das 13h às 15h.

Já para segunda-feira (27) está prevista uma interrupção nos trabalhos da Justiça Federal em seis cidades, do meio-dia às 19h – este é o horário normal do expediente dos servidores. Paranaguá, Londrina, Foz do Iguaçu, Umuarama, Jacarezinho e Francisco Beltrão já confirmaram a adesão ao movimento da próxima semana. A capital paranaense ainda depende de definição em assembleia para saber se participará da paralisação da semana que vem. Outras cidades também podem fazer parte da paralisação, mas ainda não há confirmação.

De acordo com Jair, apesar de a sede estadual puxar as manifestações, cada subseção fará assembleias ao final das manifestações para definir a programação do dia seguinte. "Aqui em Curitiba, depois desse nosso ato de hoje [quinta-feira], faremos uma assembleia para avaliar a adesão e saber se vamos paralisar na segunda", prevê.

Demandas

O coordenador regional do sindicato em Paranaguá, um dos primeiros a aderir aos atos de mobilização, Jonas Tomas Ruppert, diz que a decisão de entrar em "estado de greve" foi tomada pela falta de reajustes salariais desde 2006. "Temos uma tentativa de negociação há três anos, mas até agora não fomos ouvidos pelo governo", diz Ruppert.

Durante as paralisações, o efetivo de 30% do quadro será mantido no trabalho, mas apenas para casos de emergência, como questões relacionadas a pedidos de prisão preventiva ou soltura de detidos. Segundo os manifestantes, durante as paralisações a intenção deles é que os atendimentos ao público sejam cancelados, assim como os setores de execuções fiscais, cível e criminal. Se a greve se prolongar, o sindicato alerta que existe a possibilidade de suspensão de prazos de processos.

A reportagem entrou em contato com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão para saber como estão as negociações com os diversos servidores federais que promovem paralisações. De acordo com a assessoria do órgão, nos próximos dias, deve ser agendada uma reunião com os representantes dos servidores da Justiça Federal.

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