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A cena se repete cada dia em que a sessão do plenário da Câmara Federal passa das 19 horas. Centenas de funcionários dos gabinetes dos deputados, chamados na estrutura da Casa de secretários parlamentares, se espremem na fila para assinarem o ponto e, assim, garantirem o pagamento da sessão noturna. A Câmara gasta R$ 430 mil em horas extras, no limite de duas por noite, sempre que a sessão ultrapassa o horário das 19 horas.

Presença

Assim que acaba a sessão, os funcionários têm 20 minutos de prazo para mostrar que estavam na Casa e que, portanto, podem receber o extra. Essa foi a forma encontrada pela administração da Câmara para tentar controlar os gastos e pagar apenas para os que efetivamente estavam no trabalho. O prazo de 20 minutos entre o final da sessão e o recolhimento do ponto é uma tentativa de evitar que o assessor ausente que preferiu sair mais cedo seja avisado pelo colega e chegue a tempo de assinar presença e garantir um dinheiro a mais no fim do mês. Mesmo assim, muitos são avisados quando já nem estão na Câmara e se incorporam à fila.

Os secretários parlamentares são contratados sem concurso público pelos deputados que têm, para isso, a verba de R$ 60 mil por mês para pagar o salário de até 25 assessores, com os valores que podem variar do salário mínimo à R$ 8 mil.

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