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Os servidores municipais da educação e das demais categorias do funcionalismo público de Curitiba rejeitaram a proposta da prefeitura de Curitiba de reajuste salarial. O índice apresentado pela administração municipal foi de 6,5%, a ser pago numa única parcela em abril, e desagradou aos trabalhadores, que decidiram manter a paralisação dos serviços no dia 31 de março e não descartam entrar em greve. A proposta beneficiaria 35 mil servidores ativos e inativos.

A prefeitura alega que desde 2005 os reajustes concedidos somam 33,18%, enquanto que a inflação acumulado neste período foi de 28% – assegurando assim um aumento real de 5,18%. No entanto, o porcentual apresentado pela prefeitura ficou muito distante do pleiteado pelo funcionalismo. As entidades pedem reajuste salarial de 39,52% e exigem mais agilidade nas negociações com o município.

Os sindicatos que representam os trabalhadores consideraram o índice apresentado pela prefeitura como "pífio" e que, na ponta do lápis, representa um aumento real de 0,25% – já que a inflação nos últimos 12 meses fechou em 6,25%. "É uma proposta muito conservadora. Uma resposta pífia frente aos anseios dos servidores", avaliou Rafael Alencar Furtado, diretor de imprensa e comunicação do Sindicato dos Servidores do Magistério (Sismac).

Para Alessandra Cláudia de Oliveira, diretora de imprensa e comunicação do Sindicato dos Servidores Públicos (Sismuc), se não houver um avanço na proposta da prefeitura os servidores vão cruzar os braços. "Eles (a prefeitura) estão nos obrigando a fazer isso (greve). É o nosso último recurso", disse.

Apesar da ameaça de paralisação dos serviços púbicos municipais, o secretário municipal de Recursos Humanos, Paulo Schmidt, adiantou que o reajuste de 6,5% no salário do funcionalismo é o máximo que a prefeitura pode ofertar. "Esse (índice) é o limite da prefeitura. Estamos sendo muito francos, mas que isso a prefeitura não teria como honrar o compromisso. É preciso observar que o aumento real de 0,25% é pequeno, mas algumas categorias não estão conquistando nem a reposição da inflação por conta da crise econômica mundial", comparou. Schmidt explicou que um aumento salarial superior aos 6,5% oferecido pode comprometer a capacidade de investimento da prefeitura em áreas consideradas prioritárias – educação e saúde.

Prefeitura e sindicatos têm mais 10 dias para entrar num acordo, caso contrário a greve será deflagrada e os serviços públicos municipais poderão ser afetados.

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