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Caso Cachoeira

Silêncio de Demóstenes causa bate-boca de parlamentares

Sessão da CPMI foi encerrada após discussão entre o senador Pedro Taques e o deputado Silvio Costa. Essa foi a segunda discussão entre integrantes da comissão em uma semana

Silvio Costa (em pé) ficou irritado após Taques (de óculos) pedir para que interrompesse o discurso | Givaldo Barbosa/Ag. O Globo
Silvio Costa (em pé) ficou irritado após Taques (de óculos) pedir para que interrompesse o discurso (Foto: Givaldo Barbosa/Ag. O Globo)
O senador Demóstenes Torres foi orientado por seu advogado a permanecer em silêncio no depoimento à CPMI |

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O senador Demóstenes Torres foi orientado por seu advogado a permanecer em silêncio no depoimento à CPMI

Demóstenes deixou a CPMI após a sessão ser encerrada devido ao bate-boca entre parlamentares da comissão |

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Demóstenes deixou a CPMI após a sessão ser encerrada devido ao bate-boca entre parlamentares da comissão

Acabou em bate-boca a sessão da CPMI do Cachoeira para ouvir o senador Demós­­tenes Torres (sem partido-GO). Durante a audiência, o parlamentar preferiu ficar calado, seguindo recomendação do advogado. Em breves palavras, Demóstenes disse na comissão que todas as explicações já tinham sido dadas na última terça-feira, quando foi inquirido por cerca de cinco horas no Conselho de Ética do Senado, onde responde processo de quebra de decoro.

"Comunicamos até por uma questão de lealdade com essa comissão que nos permaneceríamos calados, conforme faculdade prevista na Constituição", afirmou Demóstenes. A decisão do senador irritou parlamentares.

Logo após o presidente da CPMI, o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), anunciar que o pedido para ficar em silêncio seria respeitado, o deputado Silvio Costa (PTB-PE) pediu para falar e proferiu uma série de acusações contra Demóstenes.

"Vossa Excelência passou cinco horas [no Conselho de Ética] e não conseguiu se explicar ao país. O seu silêncio é a mais perfeita tradução da sua culpa. Ele escreve em letras garrafais: ‘Eu, Demóstenes Torres, sou sim membro da quadrilha do senhor Cachoeira, sou sim o braço legislativo da quadrilha do senhor Cachoeira’".

O discurso de Silvio Costa foi interrompido por uma intervenção do senador Pedro Taques (PDT-MT). O pedetista apresentou questão de ordem para que a sessão fosse imediatamente cancelada."

"Não cabe a qualquer parlamentar expor o outro, mesmo em se tratando de CPI, mesmo em se tratando de um cidadão que está sendo acusado", protestou Taques. A intervenção do colega irritou Silvio Costa, que partiu para o bate-boca. Em meio à confusão, o presidente da CPMI encerrou a sessão. "Passaram da conta", disse Rêgo.

Esse é o segundo bate-boca entre integrantes da CPMI do Cachoeira em uma semana. Na quinta-feira da semana passada, os deputados paranaenses Dr. Rosinha (PT) e Fernando Francischini (PSDB) protagonizaram um bate-boca que quase se transformou em uma briga física.

Repercussão

Ao longo do dia, o desentendimento entre Silvio Cota e Taques continuou. O deputado acusou Taques de trabalhar pela absolvição do colega Demóstenes. "Tenho certeza que o Senado brasileiro vai cassá-lo por 80 votos a favor. Espero que o senador Pedro Taques, que hoje mostrou que poderá ser um voto para absolvê-lo, repense o voto e vote pela cassação", afirmou Costa.

Pedro Taques afirmou que não descarta a possibilidade de pedir a abertura de um processo no Conselho de Ética contra o colega da Câmara. "Desabafo se faz em boteco, não em CPI ", disse.

Veja como foi a discussão

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