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Marqueteiros do PT, João Santana e Mônica Moura, foram presos na 23ª fase da Lava Jato. | Henry Milleo/Gazeta do Povo
Marqueteiros do PT, João Santana e Mônica Moura, foram presos na 23ª fase da Lava Jato.| Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo

Apesar dos avanços trazidos pela Operação Lava Jato , prestes a completar dois anos, ainda há muito o que se fazer para combater a corrupção no país.

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A operação deflagrada em 2014 pela Polícia Federal (PF) escancarou a maneira como a política é feita no país, mas, para que haja mudança, é preciso mais do que prender e condenar os suspeitos.

Aos dois anos, Lava Jato representa avanço na Lei Anticorrupção

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“Eu sou bastante cético. Nós estamos falando de um caso na esfera federal e de uma estatal, de poucos ministérios e poucos envolvidos. Mas o Brasil é composto por mais de 5.560 municípios, temos as esferas estaduais, então nesse aspecto seria bom se tivéssemos em cada metro quadrado, em cada instância, também uma Lava Jato”, avalia o cientista político da PUC-PR, Masimo Della Justina.

Para o advogado Marlus Arns de Oliveira, especialista em direito penal econômico e defensor de quatro réus na operação, a Lava Jato já provocou uma mudança de mentalidade no empresariado. “Eu sinto aqui no escritório que os empresários mudaram. Há uma implementação de políticas de compliance, uma preocupação em não cometer crimes. Você tem hoje uma advocacia preventiva que não existia até tempos atrás, que já é reflexo de uma preocupação do empresariado”, avalia.

Apesar da mudança no setor econômico, o advogado ressalta que mudanças nos Poderes Executivo e Legislativo também são necessárias para que a Lava Jato deixe um legado de combate à corrupção no país. “O Judiciário a meu ver está fazendo uma mudança, e a gente não sente, enquanto cidadão, que o Poder Executivo e o Poder Legislativo estão preocupados em mudar. Eles estão parados”, avalia.

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