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Bueno (centro):  questionamento sobre a parcialidade de colegas. | Luís Macedo/ 
Agência Câmara
Bueno (centro): questionamento sobre a parcialidade de colegas.| Foto: Luís Macedo/ Agência Câmara

Sob protestos do PSol e do PPS pela participação de deputados que tiveram suas campanhas bancadas por empreiteiras investigadas pela Operação Lava Jato, a nova CPI da Petrobras começou a trabalhar nesta quinta-feira (26) na Câmara Federal.

Na primeira reunião, o deputado Hugo Motta (PMDB-PB), que teve 60% de seus gastos de campanha bancados por empreiteiras investigadas na Lava Jato, foi confirmado como presidente da CPI. O deputado Ivan Valente (PSol-SP) chegou a apresentar candidatura avulsa, mas acabou derrotado. O peemedebista venceu o colega por 22 votos contra 4. Motta garantiu que será imparcial em seu trabalho.

A relatoria – considerado o principal cargo do colegiado porque dita o ritmo das investigações e redige o relatório final – ficou com o petista Luiz Sérgio (RJ), que teve quase 40% de suas despesas eleitorais financiadas por construtoras sob suspeita. Ele também disse que esse fato não o impede de conduzir os trabalhos. “Não me cabe nem proteger nem perseguir ninguém.”

Levantamento do jornal Folha de S. Paulo mostrou que ao menos 12 dos 27 integrantes receberam R$ 3 milhões em transferências eleitorais de empreiteiras da Lava Jato.

Além disso, os dois partidos que vão comandar a CPI – PMDB e PT – fazem parte do grupo de siglas que, segundo as investigações, teria sido financiado com dinheiro desviado da Petrobras. A outra sigla envolvida é o PP.

Discussão

A primeira sessão da CPI foi marcada pela discussão sobre a imparcialidade da participação de parlamentares que receberam doações nas eleições de 2014 de empresas alvo da investigação. O deputado Ivan Valente (PSol-SP) apresentou uma questão de ordem pedindo o afastamento dos parlamentares que receberam doações dessas empresas. A proposta recebeu o apoio do líder do PPS, Rubens Bueno (PR), mas foi rejeitada pela comissão.

Também causou discussão a defesa que o relator Luiz Sérgio fez da proposta de investigar a Petrobras durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso – algo que não consta da proposta original da CPI.

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