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O partido Solidariedade, criado e presidido pelo deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SDD-SP), quer que seja investigado o ex-presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Público Federal (Sindilegis), Magno Mello, pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal. O partido questiona a atuação de Mello ao denunciar suposta fraude de assinaturas de associados ao Sindilegis, entregues para apoiar a criação da legenda, que depois foram questionadas pelos próprios servidores. Em nota divulgada nesta segunda-feira, o partido diz que Mello teria tentado "manipular os meios de comunicação para disputar o comando do respectivo sindicato".

Há duas semanas, Magno Mello contestou assinaturas de quase 600 servidores do Legislativo que, segundo ele, teriam sido fraudadas nas listas de apoio à criação do Solidariedade. Ele afirmou que conseguiu em um dos cartórios de Brasília copiar a lista de assinaturas verificadas pelo Solidariedade que foram enviadas à Justiça Eleitoral. Com a divulgação dos nomes, Mello disse que diversos servidores que tinham nomes na relação a contestaram, dizendo que não tinham assinado a petição. Entre os apoios para a criação do partido que teriam sido coletados no Sindilegis havia inclusive o nome de um servidor do Senado que já morreu, segundo denunciou Magno Mello.

Em nota divulgada nesta segunda-feira, o Solidariedade afirma que quer apuração dos fatos, inclusive com coleta de material gráfico para perícia e quebra do sigilo telefônico de Mello e de sua mulher.

O texto assinado por Paulo Pereira afirma que o Solidariedade repudia as denúncias de que as assinaturas de listas favoráveis a criação do ‘partido coletadas no Sindilegis foram fraudadas. O Solidariedade diz que tinha mais de 4 mil pessoas coletando as assinaturas que foram entregues ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e que obteve o aproveitamento de 550 mil apoios nos cartórios eleitorais.

"O partido lamenta a tentativa reiterada de um ex-dirigente sindical, o Sr. Magno Mello, de manipular os meios de comunicação para disputar o comando do respectivo sindicato. Isto porque além da gritante discrepância das assinaturas fraudadas e da ausência de qualquer proveito para um partido com mais de 1 milhão de manifestações de apoio, os supostos servidores lesados, em sua grande maioria, compunham o quadro de associados do sindicato apenas durante a gestão do ex-dirigente (2007-2010)", afirma o partido.

Além de pedir a investigação de Mello e da esposa, o Solidariedade divulgou que irá apresentar ações contra calúnia, injúria, difamação e má-fé pelos 27 diretórios estaduais do partido contra Mello, por "falsas acusações de fraudes"; e pedir abertura de processo administrativo disciplinar para apurar o uso ilegal da estrutura da Câmara dos Deputados por Mello.

"Aproveitamos para apresentar desculpas públicas as pessoas e seus familiares que tiveram a inclusão de assinaturas supostamente fraudadas, por pessoas que tiveram a intenção de tumultuar e criar dificuldades na criação do partido Solidariedade", afirma o Solidariedade em trecho da nota.

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