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Brasília - Ao escolher o presidente da Companhia Nacional de Abas­­­tecimento (Conab), Wagner Rossi, para ocupar o cargo de ministro da Agricultura, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma opção política e mais um agrado ao grupo do PMDB ligado ao deputado Michel Temer (SP), na busca de uma forte aliança para sustentar a candidatura da petista Dilma Rousseff à Pre­­sidência.

O nome de Rossi foi bancado por Temer, mas não era o favorito do ministro Reinhold Stephanes, que deixará a pasta para ser candidato à reeleição para deputado federal. Filiado ao PMDB, mas distante do grupo de Temer, Ste­­­phanes defendia o nome do secretário executivo da Agri­­­­cultura, José Gerardo Fontelles, para ocupar seu lugar, mas não teve força para indicar o sucessor.

O ministro, no entanto, afirma que não houve essa queda de braço. "Não coloco dessa forma. Qualquer um dos dois faz parte da nossa pasta", argumentou Stephanes, ao comunicar o nome de seu sucessor. "Podia ser um secretário executivo ou um membro direto da equipe." Stephanes disse que o presidente Lula lhe perguntou o que achava dos dois nomes. O ministro afirmou ter respondido apenas que o importante era "manter a equipe".

Novo ministro

Filiado ao PMDB de São Paulo, Wagner Gonçalves Rossi foi parlamentar por cinco legislaturas até 2002 e já ocupou outros cargos na administração estadual e federal, como a presidência da Cia. Docas de São Paulo.

Para defender a nomeação de Rossi, Temer – que é cotado para ser vice na chapa de Dilma – ar­gumentou com Lula que isso ajudaria na composição com os peemedebistas de São Paulo. Se não atrair todos para a candidatura de Dilma, pelo menos a indicação conseguiria rachar o partido, visto que o PMDB paulista é comandado pelo ex-governador Orestes Quércia, aliado do tucano José Serra.

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