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| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

Está marcado para o dia 20, no Supremo Tribunal Federal (STF), o julgamento da denúncia contra a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), o marido dela, o ex-ministro Paulo Bernardo, e o empresário Ernesto Kugler. O julgamento chegou a ser agendado para o dia 30 de agosto, mas precisou ser adiado, porque a data chocaria com a votação do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff no Senado, da qual Gleisi participaria.

O julgamento da senadora e dos outros dois investigados ocorrerá na Segunda Turma do STF, integrada por cinco ministros. Se a maioria aceitar a denúncia, os investigados passarão à condição de réus em uma ação penal. O tribunal também pode arquivar o caso, se entender que faltam provas mínimas para justificar a continuidade das investigações.

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Segundo a denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a campanha de Gleisi ao Senado em 2010 recebeu R$ 1 milhão do esquema de desvios de dinheiro da Petrobras. Há indícios de que o dinheiro teria sido entregue pelo doleiro Alberto Youssef. A quantia teria sido paga em quatro parcelas a Kugler, a pedido de Gleisi e do marido.

Gleisi foi ministra da Casa Civil no governo de Dilma Rousseff entre junho de 2011 e fevereiro de 2014. Paulo Bernardo foi ministro do Planejamento no governo Lula, de 2005 a 2011, e das Comunicações no governo Dilma, de 2011 a 2015. Assim como Kugler, o casal é suspeito de ter cometido corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

O casal foi citado na Lava Jato em delações premiadas de Yousseff e do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Em seguida, veio a delação do advogado Antônio Carlos Fioravente Pieruccini, que detalhou como o dinheiro teria sido repassado para a campanha de Gleisi. Em depoimento ao Ministério Público Federal, Pieruccini afirmou ter transportado R$ 1 milhão de São Paulo para Curitiba, a pedido de Yousseff. O doleiro teria dito que a destinatária final do dinheiro era a campanha da petista.

Pieruccini disse que as entregas ocorreram em uma sala de propriedade de Ernesto Kugler, localizada shopping de Curitiba. Pieruccini teria levado uma caixa lacrada com a inscrição “P.B./Gleisi”. Ainda segundo Pieruccini, Kugler contou as notas, em um total de R$ 250 mil e disse que o valor “não dava nem para o cheiro”. Teriam ocorrido outras três entregas no mesmo molde, segundo o delator.

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