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| Foto: Reprodução/Facebook

A ex-miss bumbum Milena Santos – que ganhou os holofotes essa semana depois de postar (e apagar) fotos no gabinete do marido, o novo ministro do Turismo, Alessandro Teixeira – já arriscou a sorte na vida política. Candidata a vereadora e suplente do cargo por três vezes na Bahia, ela diz que neste ano não será candidata à nenhum mandato. O motivo? “Não confio nem me enquadro neste modelo de política que vejo por aí, tao pouco (sic) faria parte desta corja imunda que não sabe olhar para algo que não seja seus interesses pessoais ou familiares”, escreveu em postagem publicada em seu perfil no Facebook no dia 14 de abril.

Depois de ganhar atenção e levantar polêmica com seus posicionamentos e fotos publicados no Facebook, a modelo excluiu o perfil da rede social no início da tarde desta terça-feira (26).

O desabafo de Milena segue com referência ao jurista e filósofo político Norberto Bobbio, autor de livros como “A Era dos Direitos” e “O futuro da democracia”. “Fazer política segundo, Noberto Bobbio é algo de muito valor em mãos de pessoas que sabem do verdadeiro significado deste, mais em mãos erradas vejamos no que dá????!!!!”, escreveu. Ela ainda afirma que, apesar de não ser candidata, entrará “em cena de uma forma significativa”, porque está “empenhada em ajudar a prender esses que são os verdadeiros bandidos do nosso país!”.

A modelo explicou que esse posicionamento começou com uma reflexão sobre um episódio de sua carreira política, quando foi aconselhada por um “pseudo secretário municipal” a largar a vida pública. Ele teria dito que a política não era para “gente como ela”. Milena pondera que a tristeza por ouvir a colocação deu lugar, anos depois, a alegria por perceber que ele estava certo. “Essa política de fato não é para gente como eu e nem para pessoas que têm compromisso com o social e com a melhora da vida das pessoas. Política é feita para pessoas que não possuem escrúpulos, como era o tal secretário, que fazia política desviando verbas públicas, que deveriam auxiliar pessoas pobres, para seu próprio benefício ”, desabafou.

Essa não foi a primeira crítica à postura de políticos feita pela primeira-dama do Turismo. “Se o que querem é dizer não à corrupção, ela não será resolvida com a queda da presidenta e seu partido... Infelizmente corrupção existe desde que o Brasil é Brasil, está intrínseco nas instituições, na cultura, nas pessoas, enfim, no modelo político brasileiro”, escreveu no dia 13 de março, quando foram realizadas as maiores manifestações contra o governo da presidente Dilma Rousseff em todo o país.

No mesmo texto, publicado nas redes sociais, ex-miss bumbum defende mudanças mais profundas no sistema político brasileiro. “Se fosse para acabar com a corrupção hoje, todos os partidos deveriam ser banidos e seus líderes também. Deveríamos parar com a hipocrisia do quem não mama chora e refazer algumas leis, tais como: Ficha limpa , Foro privilegiado, Quebra de cigilo (sic) bancário para políticos...”, defendeu.

Carreira política

Milena tentou ser vereadora nos três últimos pleitos municipais, mas bateu na trave. Em 2004, sua primeira candidatura foi pelo Partido da Reedificação da Ordem Nacional (PRONA), como vereadora em Salvador. Na época, com 20 anos, se declarou estudante. Nas eleições seguintes, em 2008, ela tentou mais uma vez uma vaga no Legislativo, mas dessa vez pelo Partido Social Democrata Cristão (PSDC) e na cidade de Lauro de Freitas, também na Bahia. Já em 2012, Milena trocou de partido mais uma vez: saiu candidata pelo Partido Social Liberal (PSL) a uma vaga na Câmara de Vereadores de Salvador, dessa vez com um slogan de ‘tudo pelo esporte’. Mais uma vez, não conseguiu.

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