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O presidente interino, Michel Temer (PMDB) | Beto Barata/PR
O presidente interino, Michel Temer (PMDB)| Foto: Beto Barata/PR

Com receio de ter sua primeira viagem internacional prejudicada pelo calendário do impeachment, o presidente interino, Michel Temer (PMDB), mobilizou a base aliada para tentar mais uma vez antecipar a fase final do julgamento para o dia 29 de agosto.

Nesta quarta-feira (17), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, esteve no Senado para fechar um cronograma. Pelo acordo, a expectativa é a de que a votação final aconteça na madrugada de 31 de agosto.

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Para acelerar o calendário, a base aliada pretende pressionar o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), a realizar sessões parlamentares também no final de semana, alternativa que tem sido rechaçada pelo presidente da Suprema Corte para evitar a acusação de que o processo foi “atropelado”.

A ideia inicial era que o peemedebista viajasse para a China no dia 31 de agosto, possibilitando um encontro com o presidente chinês, Xi Jinping, em 2 de setembro, já que o deslocamento para o país oriental dura cerca de dois dias.

O presidente interino viajará à China para o encontro do G20, evento marcado para 4 e 5 de setembro. Para participar da abertura da Paralimpíada, no Rio de Janeiro, ele deve retornar ao país no dia 7 de setembro.

Na terça-feira (16), o peemedebista tratou do tema com o presidente do Senado e com o presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, no Palácio do Planalto. Nesta quarta-feira (17), ele marcou jantar com a bancada federal do PSDB.

O processo de impeachment começará na quinta-feira (25), às 9 horas, com a apresentação das chamadas “questões de ordem”, que são pedidos feitos por senadores sobre o trâmite do processo. Em seguida, os senadores iniciarão a oitiva das duas testemunhas indicadas pela acusação.

Assim que acabar esta parte, os senadores iniciam a oitiva das testemunhas de defesa. O advogado de Dilma Rousseff, o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, indicou seis pessoas, número máximo permitido.

De acordo com Lewandowski, ficou acordado entre os parlamentares que eles prosseguirão com a sessão durante o tempo necessário para que todos sejam ouvidos. Ou seja, é provável que esta fase acabe apenas no sábado (27), já que a previsão é de que cada uma leve, em média, oito horas.

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