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| Foto: Marcos Oliveira/Marcos Oliveira/Agência Senado

Depois de retomar o julgamento do ex-presidente Lula, o juiz federal Sergio Moro vai ouvir o ex-presidente nesta quarta-feira (30). Desta vez, porém, Lula não será ouvido na condição de réu, mas como testemunha de defesa do ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O depoimento está previsto para às 17h30 e será por meio de videoconferência com São Bernardo do Campo.

O pecuarista José Carlos Bumlai também vai prestar depoimento como testemunha de defesa de Cunha nessa quarta-feira (30), em São Bernardo do Campo.

Lula e Bumlai foram arrolados como testemunhas de defesa no processo que Cunha responde por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas em fatos relacionados à aquisição de um campo exploratório de petróleo em Benin, na África, pela Petrobras, no ano de 2011. Essa é a primeira vez que o ex-presidente é ouvido por Moro. O interrogatório de Lula no processo em que ele responde, porém, vai ficar para o ano que vem.

Outras testemunhas

As demais testemunhas de defesa de Cunha serão ouvidas no dia 7 de dezembro. São o deputado estadual de Minas Gerais João Lúcio Magalhães Bifano (PMDB-MG), o vice-governador do estado Antônio Eustáquio Andrade Ferreira (PMDB-MG), os deputados federais Saraiva Felipe (PMDB-MG) e Leonardo Quintão (PMDB-MG), o advogado José Tadeu de Chiara e o ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves (PMDB-RJ).

Além deles, Cunha arrolou Michel Temer (PMDB) como testemunha de defesa. O presidente vai responder a perguntas feitas pela defesa por escrito.

Entenda o caso

Eduardo Cunha foi preso na Lava Jato em outubro deste ano. No pedido de prisão, O Ministério Público Federal (MPF) sustentou que a liberdade do ex-parlamentar representava risco à instrução do processo, à ordem pública e que também havia a possibilidade concreta de ele fugir do país por manter dinheiro oculto no exterior e ter dupla nacionalidade (Cunha é cidadão italiano, além de brasileiro).

Cunha era presidente da Câmara dos Deputados e perdeu o mandato depois de responder ao processo mais longo do Conselho de Ética na Câmara dos Deputados. Ele foi acusado de quebrar o decoro parlamentar ao mentir aos colegas na CPI da Petrobras ao afirmar que não possuía contas no exterior.

De acordo, com o MPF, Eduardo Cunha recebeu US$ 1,5 milhão a título de propina, por intermédio do operador financeiro João Augusto Rezende Henriques, que depositou o valor em uma conta secreta do ex-deputado federal na Suíça.

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