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O diretor de Normas do Banco Central, Alexandre Tombini, indicado para a presidência da Banco Central, durante entrevista coletiva | Agência Brasil
O diretor de Normas do Banco Central, Alexandre Tombini, indicado para a presidência da Banco Central, durante entrevista coletiva| Foto: Agência Brasil

O futuro presidente do Banco Central, que teve o nome confirmado nesta quarta-feira (24), Alexandre Tombini, afirmou que sua missão à frente do Banco Central é perseguir a meta de inflação. "Eu tive longas e muito boas conversas com a presidente eleita Dilma Rousseff e ela disse que o Banco Central sob a minha liderança deve continuar perseguindo a meta de inflação", disse.

Alexandre Tombini afirmou que a presidente eleita Dilma Rousseff lhe assegurou autonomia operacional total na definição da taxa básica de juros para atingir as metas de inflação pré-determinadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta de inflação para 2011 e 2012 é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.

"Tive longas conversas com Dilma Rousseff e ela me disse que, nesse regime, não há meia autonomia. É autonomia operacional total", afirmou. "Eu gostaria de agradecer a confiança da presidente eleita. Convivemos ao longo de cinco anos (...) Meu compromisso com o Brasil e com a presidente é fazer o uso hábil e apropriado para atingir os objetivos do governo, da meta de inflação, e é isso que farei", disse.

Tombini participou de apresentação da equipe econômica do futuro governo ao lado dos também anunciados ministros Guido Mantega, que permanece à frente do Ministério da Fazenda, e de Mirian Belchior, que vai assumir o Ministério do Planejamento em lugar de Paulo Bernardo.

O presidente indicado do Banco Central defendeu o sistema de metas de inflação, que ele ajudou a criar em 1999 durante a presidência de Fernando Henrique Cardoso, e Armínio Fraga no Banco Central. "Fui responsável pela construção do arcabouço do sistema de metas de inflação no Brasil, um dos pilares da estrutura de política macroeconômica do Brasil. Entendo que o sistema de metas de inflação é como um regime simplificado e de fácil entendimento para a sociedade", declarou ele.

Tombini afirmou que "as regras do jogo estão definidas", referindo-se ao sistema de metas, com a calibragem da taxa de juros para atingí-las. "Ele tem sido fundamental ao longo dos anos. Já foi testado sobre várias condições nesse período. Tivemos várias crises, entre elas a crise internacional de 2008 e 2009. E o regime tem funcionado para orientar as decisões de política econômica e assegurar o poder de compra da moeda", afirmou.

Tombini ocupa atualmente a diretoria de Normas do Banco Central. Ele vai substituir o atual presidente do BC, Henrique Meirelles, que ocupa o cargo desde 2003, indicado ainda no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A apresentação dos ministros que integrarão o governo de Dilma Rousseff foi feita no Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília, e também contou com o deputado federal José Eduardo Cardozo, um dos coordenadores da equipe de transição.

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