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Diálogo fictício relembra a ação policial de 1988, no governo Alvaro. |
Diálogo fictício relembra a ação policial de 1988, no governo Alvaro.| Foto:

Um “pacotaço” de projetos de lei que atingia em cheio benefícios concedidos ao funcionalismo público retirado da pauta por pressão popular. Ocupação da Assembleia Legislativa. Deputados estaduais obrigados a andar de camburão, encurralados em banheiros, tendo de entrar pelos fundos do prédio da Assembleia para participar de uma votação às pressas. Secretário de segurança “dançando” em meio aos manifestantes. Tudo isso a poucos dias do carnaval.

Não teve jeito, o “pacotaço” proposto pelo governo do estado acabou em piada. O governador Beto Richa (PSDB) virou hit na internet – o popular “meme”, que é quando uma imagem, vídeo ou frase bem-humorada se espalha rapidamente pela rede.

Inspiração não faltou. Entre composições mais pesadas e outras inteligentes, Richa virou Margarida (personagem da Disney) e Pinóquio. Também teve seu rosto estampado em um cardápio cujo principal ingrediente é a batata. O slogan, nesse caso, não poderia ser outro: “Beto: sua batata está assando”.

Na categoria piadas, destaque para a “conversa” entre o ex-governador José Richa, pai de Beto, morto em 2003, e o ex-prefeito de Curitiba Maurício Fruet, falecido em 1998, pai do atual comandante da capital, Gustavo Fruet (PDT). Na peça, eles se “arrependem” das ações tomadas pelos filhos recentemente. “Por que será que nós morremos?”, questiona Zé Richa. “Para não ver a m... que nossos filhos estão fazendo”, responde Maurício.

Há, ainda, o senador Alvaro Dias (PSDB) “aconselhando” o governador a como agir contra os professores – a gestão de Alvaro no Palácio Iguaçu ficou marcada pela ação de policiais militares que avançaram com cavalos, cães e bombas de efeito moral para conter uma multidão de educadores que reivindicava melhores condições de trabalho em 1988. Dez pessoas ficaram feridas na ocasião.

Os contrários ao governo extravasaram também com vídeos “campeões de audiência” no YouTube. Nessa sessão, porém, Richa não é o único protagonista. Tem o secretário de Segurança Pública Fernando Francischini (SD) como um rival à altura. Enquanto o tucano é satirizado em uma versão do filme A Queda: Hitler e o Fim do Terceiro Reich, do alemão Oliver Hirschbiegel, Francischini “virou” Batman e dançou um tango, com imagens do secretário indo de encontro ao camburão do batalhão de choque que levou os deputados à Assembleia no dia da votação que não aconteceu.

Há ainda registros embalados por paródias musicais. Destaque para a versão de “Galopeira”, do compositor paraguaio Mauricio Cardoso Ocampo, sucesso dos anos 80 no Brasil na voz do sertanejo Donizetti, mais tarde regravada pela dupla Chitãozinho e Xororó. A melodia de protesto a Richa ganhou outro batismo: “Caloteiro”. Teve ainda “Que governo é esse”, baseada na canção de protesto “Que país é esse”, da Legião Urbana.

Os bastidores da ocupação da Alep

E o Francischini dançou...

Samba blindado

Música para Beto Richa

Nova homenagem ao governador

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