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| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

A “Batalha do Centro Cívico” foi lembrada por professores e servidores estaduais da educação em Curitiba desde o começo da manhã desta sexta-feira (29), quando completa um ano do incidente que deixou mais de 200 pessoas feridas na Praça Nossa Senhora de Salete.

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Dois atos, nas praças Santos Andrade e Rui Barbosa, reuniram manifestantes que se encontraram no fim da manhã na Praça Tiradentes. Um total de 22 entidades sindicais participaram da manifestação no Centro Cívico. Ao meio-dia, caminharam rumo ao Centro Cívico.

Um ano depois da “Batalha do Centro Cívico”, as feridas ainda estão abertas

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O ato continuou durante boa parte da tarde, totalizando pouco mais de oito horas de manifestação, que encerrou com um show da banda Detonautas Roque Clube.

Às 10 horas, cerca de 500 pessoas estavam na Rui Barbosa e outras 3 mil na Santos Andrade. De acordo com a organização da manifestação, 30 mil pessoas estiveram no Centro Cívico durante a tarde.

No horário em que a “Batalha do Centro Cívico” começou, há um ano atrás, às 14h40, houve um ato em memória aos feridos, apresentado por alunos de escolas estaduais, que representavam os professores e a tropa de choque da Polícia Militar.

Para o diretor da APP-Sindicato, Celso Santos, o ato também serviu para a categoria fazer cobranças. Ele aponta que as progressões de carreira não vêm sendo pagas pelo governo e que educadores do Paraná ganham até 7% menos que o piso nacional da educação.

“Além de ser um momento de lembrar o massacre, vamos manter nossas reivindicações. É o luto e a luta”, disse.

O alvo principal dos atos foi o governador Beto Richa. Na Praça Rui Barbosa, manifestantes culpam o governador. “É claro que a culpa é do governador Beto Richa. Não podemos esquecer dos Deputados que foram coniventes”, diz uma manifestante no caminhão de som. “Não esqueceremos nunca”, completou.

Durante os discursos, deputados que votaram contra o projeto da Paranaprevidência, que culminou nos eventos do dia 29 de abril do ano passado. Muitos faziam menção aos parlamentares que votaram em favor do governo na ocasião, chamando-os de “deputados de camburão”. No ano passado, um grupo de deputados entrou na Assembleia dentro de um camburão na tentativa frustrada de votar o projeto.

Muitos ônibus do interior vieram a Curitiba para participar do ato. Além dos caminhões de som, há uma bateria e manifestações artísticas na Praça Santos Andrade. Há também muitos cartazes e faixas com reivindicações da categoria e críticas ao governo estadual.

Os professores, servidores e alunos da Unioeste marcaram presença no ato de hoje. Cerca de 100 pessoas vieram a Curitiba. “O que fica marcado é o repúdio contra a violência”, disse a presidente do Sinteoeste, Gracy Kelly Bourscheid, que esteve na manifestação no ano passado.

Para encerrar a manifestação, um grupo de professoras distribuiu rosas aos presentes. A professora de São José dos Pinhais, Jaqueline dos Santos, era uma delas e esteve na manifestação do ano passado. “O que queremos é trocar as memórias daquele dia triste por novas memórias. Tirar as imagens dos professores caídos por flores que, mesmo nos lugares mais inóspitos conseguem florescer”, completou.

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