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A próxima fase do projeto Cidade Modelo é estabelecer um plano de ação para tornar Curitiba mais transparente e participativa. | André Rodrigues/Gazeta do Povo
A próxima fase do projeto Cidade Modelo é estabelecer um plano de ação para tornar Curitiba mais transparente e participativa.| Foto: André Rodrigues/Gazeta do Povo

Fazer de Curitiba o município mais democrático do país no prazo de cinco anos. Esse é o objetivo do projeto Cidade Modelo, lançado pelo Instituto Atuação nesta segunda-feira (23), durante a 1.ª Semana da Democracia. O evento reuniu dezenas formadores de opinião, especialistas e entidades que atuam na área.

O primeiro passo da entidade para conseguir cumprir essa meta foi criar uma metodologia capaz de medir o nível local de democracia. Como até o momento não existia um método para isso, o Instituto Atuação contratou a Unidade de Inteligência da The Economist para criar um “Índice de Democracia Local”, que pudesse ser replicado em escala global. O índice, composto por quatro sub-indicadores, foi pela primeira vez aplicado em Curitiba, que recebeu a nota 5,43, numa escala de zero a dez.

“A ideia é que a gente consiga articular um movimento que possa transformar Curitiba na cidade referência em democracia de forma replicável no prazo de 5 anos”, afirma o diretor presidente do Instituto Atuação, Pedro Veiga.

A próxima fase do projeto Cidade Modelo é estabelecer um plano de ação para tornar Curitiba mais transparente e participativa. A partir das fragilidades detectadas pelo índice de Democracia Local, o grupo vai desenvolver um plano estratégico para ser implementado. Esse plano deve estar finalizado até setembro de 2016. O resultado da implementação do plano poderá ser observada na alteração da nota obtida pelo índice.

Durante a tarde de ontem, ocorreram oficinas de cocriação em que participaram especialistas e entidades que trabalham o tema do protagonismo e cidadania para discutir o que é prioritário fazer para o fortalecimento da democracia brasileiro. “A ideia foi conectar todas as pessoas da área para pensar qual deve ser a pauta da democracia brasileira e começar a estabelecer uma agenda de atuação”. Os resultados devem ser compilados em um documento, que servirá para balizar ações do grupo.

Palestras

O evento contou também com palestras de Jamila Raqib, do Instituto Albert Einstein, e de James Fishkin, professor de Ciências Políticas de Stanford. Jamila Raqib apresentou o trabalho de Gene Sharp, conhecido por obras como “Mecanismos de Luta Não Violenta”, e sugeriu que, para melhorar a qualidade da democracia, deveria se criar um programa para educar as pessoas em métodos de ação não violenta para a defesa de direitos. Fishkin apresentou seu trabalho que foi aplicado em 23 países ao longo de duas décadas, em que demonstra como mecanismos de democracia deliberativa podem diminuir a lacuna entre cidadãos e políticos, quando se consulta os cidadãos usando métodos de amostras representativas da população.

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