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Calor aumenta incidência de pulgas e carrapatos nos pets; saiba como prevenir

Vivian Faria, especial para a Gazeta do Povo
29/11/2017 18:00
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O calor traz um visitante indesejado para os pets. Foto Bigstock

Assim que os termômetros começam a marcar temperaturas mais altas, os insetos aparecem. Entre eles, pulgas e carrapatos, que não apenas perturbam a vida de cães e gatos com suas picadas, mas também podem trazer para os animais domésticos doenças como verminoses e hemoparasitoses. Há, no entanto, variadas formas de proteger os bichos desse incômodo — e dos problemas que advêm dele.
Os medicamentos são classificados de acordo com a forma como agem e como são administrados. Há aqueles que agem a partir da picada dos insetos e aqueles que impedem eles de subirem nos cães e gatos. Os remédios que permitem que a pulga morda o animal para então intoxicá-la geralmente são mais baratos mas, apesar da vantagem financeira, é preciso considerar que a transmissão de doenças pode ocorrer a partir de uma picada, como uma infecção bacteriana secundária (porque fazem ferida no local onde foram picados de tanto coçar).
Em relação ao formato do medicamento e sua administração, a variação é maior. Os mais conhecidos continuam sendo os aplicados na região da nuca do animal, chamados de spot-on. Depois de aplicados, eles ajudam a eliminar os insetos que se abrigam entre os pelos em um intervalo de 24 a 48 horas. Posteriormente, ocorre a absorção do medicamento pela pele, fazendo com que ele continue atuando por um período de aproximadamente um mês.
Mas o mercado via oral já superou o de medicações spot-on. Esses medicamentos vêm em formato de tablete ou comprimido, os quais podem ou não ser mastigáveis.
Tempo de ação varia 
A duração da ação dos antipulgas e carrapatos por via oral pode variar de 30 a 90 dias, de acordo com a marca ou medicamento. Além de ficarem atentos ao momento em que precisam administrar o produto novamente, os tutores devem respeitar o tempo mínimo entre uma dose e outra, geralmente discriminado naqueles que têm uma duração maior.
Na linha dos medicamentos líquidos, de forma parecida com os spot-ons, há ainda sprays — nesse caso, a aplicação é feita em todo o corpo do animal, com a necessidade de massageá-lo para espalhar o produtos ainda melhor.
As vantagens desse tipo de produto é que o resultado pode ser conferido logo após a aplicação, já que a pulgas mortas caem dos pelos do cão, com a promessa de proteção por várias semanas. Contudo, é necessário impedir o animal de se lamber enquanto o spray não secar, para não haver intoxicação.
Além deles, há xampus, condicionadores, talcos e outros produtos que também prometem ação antipulgas e anticarrapatos.
Tempo de eficácia depende do tipo de produto. Foto: Visual Hunt.
Tempo de eficácia depende do tipo de produto. Foto: Visual Hunt.

Coleiras

Os medicamentos que geralmente agem por mais tempo são aqueles utilizados nas novas linhas de coleiras antipulgas, que chegam a durar cerca de oito meses. Já havia coleiras com esse propósito antes, mas elas não eram tão eficazes. Elas passaram por uma modernização e ‘voltaram’ nos últimos dois anos.
Após a reformulação, as coleiras antipulgas deixaram de ter um odor forte — uma das desvantagens dos modelos antigos — e as tornaram mais eficazes. Outra novidade é que muitas delas não agem apenas sobre pulgas e carrapatos, mas também sobre mosquitos, o que pode ser muito importante já que eles podem transmitir doenças como leishmaniose e dirofilariose (verme do coração).
As coleiras também são os antipulgas mais caros, podendo custar até R$ 200. Mas pensando no custo/benefício, na duração da ação, pode ser equivalente ao gasto com outros medicamentos.

Mas gatos também têm?

Sim! É mais comum encontrá-las em cães, já que os gatos têm hábitos rigorosos de higiene, mas elas podem se abrigar nesses bichos. De acordo com os especialistas, os gatos geralmente “pegam” pulgas de cães que vivem com ou próximo deles.
Em geral, os medicamentos antipulgas funcionam para os dois tipos de animal ou possuem formulações “para cães” e “para gatos” (por isso é importante prestar atenção na hora de escolher). Vale lembrar também que os que devem ser administrados por via oral podem não ser aceitos pelo gato, mesmo que sejam mastigáveis, já que eles são mais exigentes com aquilo que comem, e que as coleiras podem gerar estresse se o gato não estiver acostumado a usá-las.

Como escolher

A escolha do medicamento deve ser feita levando em consideração diversos fatores: idade do animal, alergia à picada de pulgas, se vive dentro ou fora de casa e se toma muitos banhos. Na dúvida, o melhor é procurar a orientação do médico veterinário do animal.

Banhos

Banhos também têm ação antipulga, mas apenas por um período limitado. Para prevenção, o ideal é escolher um dos métodos citados.  Já no caso dos carrapatos, os banhos não fazem diferença. Normalmente é preciso tirá-los manualmente.
Fontes: médicas veterinárias Taciana Guerios, da Clínica Veterinária HVA 24 Horas e Denise de Oliveira, da Clinivet.

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