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Crédito: Visual hunt
Crédito: Visual hunt| Foto:

Muitas vezes, quem não é fã de felinos costuma justificar o posicionamento dizendo que gatos são antissociais. A afirmação, porém, pode cair por terra com um estudo divulgado esta semana pela revista científica Nature. A pesquisa, coordenada por Eva-Maria Geigl, professora do Institute Jacques Monod, em Paris, mostra que a população global de bichanos cresceu de forma exponencial apenas quando eles passaram a viver com seres humanos.

Para o estudo, pesquisadores analisaram sequências de DNA de mais de 200 gatos de várias gerações (desde o ano 13 mil a.C. até a década de 1700), descobertos em tumbas, cemitérios e sítios arqueológicos. Os resultados foram publicados em um artigo intitulado “Como os gatos conquistaram o mundo (e alguns navios Viking)”.

Mesmo com uma quantidade limitada de objetos de análise, os cientistas encontraram ligações no DNA mitocondrial das amostras – informações genéticas transmitidas pela linhagem materna. Essas conexões foram identificadas em gatos descobertos no Egito, na Bulgária, na Turquia e na África subsaariana, lugares distantes entre si. A descoberta, portanto, sugere que os animais ou se mudaram para perto dos humanos ou foram levados, e com os homens escolheram ficar.

Os autores afirmam que o início da agricultura foi o primeiro impulsionador importante para o estreitamento de laços entre humanos e felinos, porque a necessidade de estocar grãos passou a atrair roedores, que são alimento para os gatinhos. Uma segunda explosão da população de bichanos aconteceu com o início das viagens marítimas, já que os animais podiam proteger dos ratos o estoque de comida da embarcação. Um gato doméstico, inclusive, foi encontrado em uma tumba viking.

“Nós não temos como saber com precisão a história dos gatos antigos”, escreve a geneticista Eva-Maria. “Não há como saber sua origem, nem como a dispersão ocorreu exatamente”. Mas que as ligações existem, elas existem.

Colaborou: Mariana Balan.

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