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Na Suécia, Correios exigem carimbo da pata de cachorro para receber encomenda

Amanda Milléo
24/08/2018 17:00
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Chaya, a animal de estimação de Marie Palmgren, demorou para receber o presente enviado por uma amiga da família (Foto: Marie Palmgren)

Receber um pacote via Correios não deveria ser algo tão difícil, mas não foi o que vivenciou a assistente social sueca Marie Palmgren, de 57 anos, tutora da boxerweiler chamada Chaya, no início de agosto. Uma amiga britânica havia enviado, ao seu endereço, um brinquedo para o animal de estimação da colega e, como brincadeira, endereçou o pacote à Chaya – Chaya Palmgren, ao invés da tutora Marie.
Mal sabia a amiga, porém, do trabalho que daria para Marie retirar o pacote nos Correios sueco. “Depois que recebemos a notificação de que havia um pacote para a Chaya, eu não sabia bem como assinar. Eu fui aos Correios e perguntei como fazer. Eles disseram que a pessoa endereçada deveria assinar e eu deveria assinar também, além de levar a Chaya e um documento de identificação dela. Eu expliquei que a Chaya era um cachorro, que ela não sabia escrever”, disse Marie, em entrevista ao Viver Bem via Facebook.
(Foto: Marie Palmgren)
(Foto: Marie Palmgren)
Marie voltou para casa e buscou nos armários por um certificado que provasse que Chaya era, na verdade, um cachorro e que estava sob sua responsabilidade. Armada com as provas, e carregando Chaya, Marie voltou.
“Eu lembrei que tinha um documento do Departamento de Agricultura que certificada que eu era a tutora. Ali também estavam a data de nascimento da Chaya, o número do código do chip, o meu número de identificação e meu nome”, relata Marie.
Não satisfeitos com o documento, os funcionários pediram pela assinatura do animal, que foi feita em forma de carimbo de uma das patas. A tutora, que disse que teve de segurar o riso, gravou o momento do carimbo:

Brincadeira?

Questionada se isso não seria parte de uma brincadeira dos Correios da Suécia, Marie contou que não foi o caso. “Ah, não! Eles (os funcionários) estavam muito sérios. Eles chamaram o chefe local deles, e ele disse que eles poderiam escolher entre não me dar o pacote e, se eles me dessem, seriam os responsáveis se desse algo errado”, relata a sueca.
Marie disse que demorou cerca de 30 minutos entre ir dos Correios para casa e depois de volta ao centro de distribuição para, então, conseguir coletar o pacote da Chaya. “Foi uma montanha-russa de emoções. Eu não tinha certeza se conseguiria no final”, comenta Marie.
E a encomenda? Era um brinquedo de fonte de água para Chaya.
(Foto: Marie Palmgren)
(Foto: Marie Palmgren)
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