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Conheça seis lindos animais exóticos (e legalizados) que vivem em Curitiba

Mariana Domakoski, especial para a Gazeta do Povo
25/03/2017 17:33
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A jiboia Yokay, o gavião Fiapo e a minipig Juditi são alguns dos bichinhos que estiveram no encontro. Fotos: Mariana Domakoski/Gazeta do Povo

O pet center HiperZoo recebeu a visita ilustre de diversos animais silvestres nativos e exóticos neste sábado (25). Foi durante o Encontro de Animais Exóticos e Silvestres, que nesta terceira edição contou com a participação de gaviões, cobras, corujas, araras, cacatuas, entre outros. Eles estavam com seus tutores, integrantes do Grupo Exotic World (formado por pessoas que têm animais silvestres legalizados em casa), e da Peregrinus, empresa especializada em falcoaria (adestramento de aves de rapina).
Os tutores que levaram seus bichinhos para a exposição adquiriram estes animais em criadores ou revendedores autorizados por órgãos de proteção ambiental, pois para ter legalmente um desses bichinhos em casa é preciso que ele tenha registro no Instituto Brasileiro de Meio ambiente (Ibama).
Entre os destaques da exposição, os gaviões Gota Serena, uma fêmea de 1 ano e 8 meses, e Fiapo, um macho de 8 meses. Adestradora de Fiapo, Andréia Pisco, falcoeira da Peregrinus, explicava aos visitantes do encontro os cuidados para ser ter uma ave de rapina. Ao chegarem dos criadouros autorizados, gaviões, falcões e corujas ainda são ariscas e requerem uma média de seis meses de trabalho para se acostumarem às pessoas e ficarem adestradas.
É um esforço diário: todos os dias eles precisam voar, treinar e comer carne (mais do que uma vez ao dia). “Por isso, é muito importante que a pessoa que deseja adquirir um animal desses pesquise bastante sobre a rotina, porque dá trabalho e exige dedicação”, ressalta Andréia. É preciso conhecer bem o animal, a ponto de identificar problemas de saúde ainda no início, quando são quase imperceptíveis. “Isso porque é difícil encontrar veterinários especializados em aves de rapina e quando elas apresentam sintomas claros, como desânimo e febre, é porque a doença já está avançada”, explica.
Andréia também ressalta o fato de as aves de rapina não terem um comportamento parecido ao de um gato ou cachorro. “Não espere demonstrações de afeto por parte delas. Elas nos veem como facilitadores para chegarem ao alimento, como parte do grupo. Há uma relação de parceria”, afirma. A falcoeira também explica que corujas são mais sociáveis do que gaviões e falcões e que estes últimos são muito sensíveis a erros no adestramento, não sendo indicados para iniciantes.
Cobras jiboia e píton, como Yokay, de 17 anos, também estiveram no evento. William Junior de Carvalho, integrante do Grupo Exotic World, é o tutor da cobra há seis anos e explicou que, entre os cuidados que tem com o animal, estão o fato de deixá-lo quieto após a refeição. “Depois de comer, a cobra mantém uma postura alerta de caça. Além disso, não é aconselhado manipular para que ela não vomite”, explica. Yokay vive em um terrário na casa de Carvalho, mas o tutor afirma que há pessoas que gostam de ter o animal livre pelos espaços.
Felipe Videira, também do Exotic World, levou sua coruja Soren, de 8 meses, ao encontro. “Ele é o xodó de casa”, afirma.
Veja outros animais que participaram do encontro:
Os animais silvestres podem ser adquiridos em criadouros ou revendedores registrados pelos órgãos responsáveis. Cada estado tem uma instituição que emite essa permissão. No caso do Paraná, é o Instituto Ambiental do Paraná (IAP). O HiperZoo é um revendedor autorizado e tem para venda animais silvestres como cacatuas, papagaios, periquitos e calopsitas. O pet center fica na Rua Desembargador Westphalen, 3.448. A Peregrinus oferece serviços de controle de fauna com falcoaria e cursos de falcoaria, para os interessados em aprender técnicas de adestramento de aves de rapina. Mais informações pelo site.