Adotar um animal de estimação é um ato de amor, mas para que isso aconteça é preciso levar em consideração não só o desejo, mas também, as necessidades e o grau de comprometimento de toda a família que pretende adotar o pet.

A protetora Denise Berdacki, que atua há 13 anos como protetora independente, explica que a adoção consciente de um animal de estimação começa ao saber que o cachorro vai mexer com o orçamento e tempo da família por muitos anos. Essas questões devem ser levadas em conta para que a adoção não seja feito por impulso.

Acostumada a resgatar cachorros e procurar um lar para eles – foram 76 cães resgatados no ano passado e 53 até setembro deste ano – Denise conta o que deve ser levado em conta na hora de adotar: o futuro tutor deve responder uma ficha com algumas perguntas, como se terá disponibilidade para passear, se mora em casa ou apartamento, onde o cachorro vai dormir e fazer as necessidades, por exemplo.

“Todas essas respostas nos ajudam a entender os motivos da pessoa estar querendo adotar um bichinho e, assim, ver qual o melhor cão para o adotante e vice-versa, para que esse ato de amor seja bom para todos, animais e humanos.”

Carla Negochadle, presidente do Instituto Sócio Ambiental Fica Comigo, comenta que ano passado a ONG doou, nas três feiras que coordena todos os sábados, 832 animais, sendo desses, oito devolvidos, mas já recolocados em outras famílias.

Ela complementa que a maioria das pessoas quando procura um cão sempre tende por um filhote. “As pessoas me procuram dizendo que querem um cachorro filhote para crescer junto com a filha, por exemplo, mas esquecem de que o cão também é criança, também vão nascer dentes nesse tempo, o cãozinho vai fazer xixi e defecar no lugar errado, enfim, vão ainda criar a personalidade e também vai precisar de muita atenção e paciência.

Uma curiosidade é que maioria dos cachorros para adoção é formada por cães adultos, ou seja, já com a personalidade formada. “Sabendo como é o estilo de vida da pessoa, o que ela gosta ou não, podemos definir exatamente o tipo de cachorro adulto para ela. Fica mais fácil”, comenta Carla.

A ONG foi criada há seis anos e atualmente 10 pessoas trabalham como voluntárias para encontrar um lar para os cachorros abandonados. Para adoção, a ONG segue a legislação do CRMV (Conselho Regional de Medicina Veterinária): todos os cachorros devem ser castrados e vacinados.

Todos os sábados, das 11h às 17h, nos seguintes locais:

Cobasi: Av. Sen. Salgado Filho, 580 – Prado Velho – Linha Verde.

Rei dos Animais: Rua XV de Novembro, 3188 – Alto da Rua XV.

Casa do Produtor: Rua Engenheiro Rebouças, 182.

Concurso Cachorro do Ano Gazeta do Povo 2018

Inscrições: até 14 de outubro

1ª votação popular:  17 a 31 de outubro

2ª votação popular (os 20 cachorros mais votados): 5 a 18 de novembro

Resultado final: 01 de dezembro

Inscrições pelo site.