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O pet precisa estar ciente de que haverá um passeio, mas que o comando será dado pelo tutor. Foto: Courtney Roberson/Unsplash
O pet precisa estar ciente de que haverá um passeio, mas que o comando será dado pelo tutor. Foto: Courtney Roberson/Unsplash| Foto:

O passeio com o seu cachorro pode ser o momento mais feliz do dia para ele, mas também o mais difícil de lidar. Os simples hábitos rotineiros dos tutores podem provocar uma crise de ansiedade no animal, e até mesmo o ato de colocar a coleira pode se tornar algo impossível.

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Antes de qualquer coisa, o tutor precisa entender que passear não é simplesmente levar o cachorro para fazer as necessidades. De acordo com o adestrador Rafael Wisneski, do Meu Cão Companheiro, é neste momento que o animal lembrará do instinto natural dele.

“A gente não deve esquecer que eles são canídeos, o passeio imita o comportamento natural deles de exploração e reconhecimento de território. Se eles não vivessem em casa conosco, passariam muito mais tempo nessa atividade”, explica.

Para Rafael, não é lógico o cão passar 24 horas preso em casa sem ir para a rua. Caso contrário, isso pode gerar stress e muitos latidos indesejáveis.

A hora da coleira

Os hábitos rotineiros dos tutores podem influenciar no comportamento do cão na hora do passeio. Foto: VisualHunt.
Os hábitos rotineiros dos tutores podem influenciar no comportamento do cão na hora do passeio. Foto: VisualHunt.

Confundir alegria com agitação é muito comum aos tutores. Quanto mais agitado, menos submisso e concentrado o cão estará.

O adestrador explica que a preparação para o passeio começa com os hábitos do tutor. Se ele faz tudo sempre do mesmo jeito, como acordar, tomar café, colocar o tênis e pegar a coleira, o cachorro irá se acostumar com a rotina e saberá o que vem depois.

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“Aí ele já fica eufórico para colocar a coleira, e tudo isso vai deixando-o ainda mais ansioso. E nisso o tutor perde o controle antes mesmo de sair de casa”, conta Rafael Wisneski.

A dica é tentar quebrar essa rotina a cada dia de passeio, invertendo um ou outro hábito para que o cão não sofra do chamado ‘contágio emocional antecipativo’. Assim, ele vai perceber uma mudança da rotina sem saber o que virá depois, e ficará mais calmo atendendo aos comandos do tutor.

Então basta colocar a coleira e sair. O pet precisa estar ciente de que haverá um passeio, mas que o comando será dado pelo tutor.

A caminhada

Caminhar e fazer brincadeiras também ajudam a manter a saúde do animal. Foto: VisualHunt.
Caminhar e fazer brincadeiras também ajudam a manter a saúde do animal. Foto: VisualHunt.

O verdadeiro intuito do passeio não deve ser apenas levar o cão para fazer as necessidades. Quando estão soltos na natureza, os cachorros tendem a passar até 12 horas caminhando a procura de comida. É o instinto natural dele.

E isso pode variar de uma raça para outra, segundo Rafael Wisneski. O adestrador conta que cães de trabalho, como labrador ou border colie, precisam também de exercícios que os façam gastar energia, que é natural deles.

“Neste caso é preciso fazer passeios mais longos com uma caminhada mais ritmada para trabalhar o físico dele, e depois um passeio mais contemplativo para criar uma previsibilidade do que vai acontecer depois”, conta.

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E a questão das necessidades e da exploração, fazendo xixi em cada árvore que passam ou cheirando tudo o que está pela frente, é parte da natureza deles. Mas, o tutor precisa disciplinar este hábito do cão, para não parar o tempo todo.

Há ainda a socialização com outros cães, que é algo que se perdeu com o passar dos anos de domesticação. Rafael Wisneski explica que há alguns mais sociáveis e outros menos, e que a convivência deles pode gerar uma grande carga de stress no animal.

“É importante que quem conduz um cão com baixo nível de socialização precisa entender como trabalhar isso, e evitar que seu animal estresse os outros”, completa.

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