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Pinhão também é petisco para cães e gatos; veja os benefícios para os pets

Amanda Milléo
14/06/2018 12:00
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(Foto: Bigstock)

Rico em amido e fibras, a semente da árvore Araucária, ou o conhecido pinhão, pode ser oferecido aos cachorros e gatos de estimação sem problemas. “A fibra presente na semente é o que vai ter maior impacto nos animais. O alto teor de fibra presente no pinhão pode diminuir a digestão do mesmo pelo animal, disponibilizando mais material para a fermentação pelas bactérias intestinais. Se fornecido em baixas quantidades, não faz mal“, explica Leandro Nagae Kuritza, médico veterinário mestre em Ciências Veterinárias e professor de nutrição animal do curso de Medicina Veterinária da Universidade Positivo (UP).
Cães e gatos estão liberados para o consumo da semente e não há nenhuma contra-indicação clara. Apenas com relação ao preparo: cozinhar o pinhão com sal não tem problema, mas é melhor evitar, se possível. Evite ainda outros temperos, como alho e cebola, que são tóxicos aos animais.
“A hipertensão para animais de companhia, como cães e gatos é uma condição menos frequente quando comparamos a sua ocorrência em humanos. Estes animais apresentam maior tolerância ao sódio e, por conta disso, para observarmos quadros de hipertensão por excesso de sal é necessário um consumo elevado por algum tempo. Com relação a animais diabéticos, não será observado um agravamento do quadro desde que o pinhão seja fornecido em pequenas quantidades para os animais”, reforça o veterinário.
Todo animal com uma doença crônica precisa de atenção extra do tutor no que diz respeito a alimentação, segundo Luiz Carlos da Luz, médico veterinário da Petz Seminário, para não interferir na saúde em geral.
Animais em tratamento de obesidade, não é indicado nenhum tipo de petisco, nem o pinhão. Só se for um pedaço muito pequeno, e uma vez. Animais diabéticos não têm tanto problema, mas desde seja em uma quantidade que não atrapalhe a alimentação”, explica o médico veterinário.
Embora o pinhão dificilmente cause alergia, fique atento se o animal apresentar reações depois de ingerir a semente.

Quantidade certa de pinhão

Se o tutor tiver dúvidas da quantidade de pinhão que pode ser dada ao animal, lembre-se de tratar a semente como um petisco e jamais use-a como substituto da refeição proporcionada pela ração.
“Para um cachorro ou gato até 10kg, um a dois pinhões, divididos em pequenas partes. Os tutores podem dar as partes uma de cada vez, ao longo do dia. Em excesso pode atrapalhar a evacuação, mexendo com a flora intestinal, ocasionando diarreia ou retenção das fezes. Isso vale especialmente se o animal não estiver acostumado a petiscos”, explica Luiz Luz, médico veterinário.
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