Animal

Nada de voltinhas, lugar de gato é dentro de casa

Danielle Blaskievicz, especial para a Gazeta do Povo
11/09/2017 18:00
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Os gatos são bonitos, encantadores e têm até um ar esnobe, o que lhes dá um certo charme, um “ar blasé”. O que nem todo apaixonado por gato sabe é que esse tipo de animal está sujeito a duas doenças capazes de tirar o brilho da pelagem dos bichanos e até mesmo levá-los à morte: a FIV e a FELV, popularmente conhecidas como a “aids” e a “leucemia felina”, respectivamente. O diagnóstico de ambas é feito a partir de exames de sangue específicos.
A melhor forma de prevenção é manter o gato dentro de casa. Isso porque são doenças de fácil contágio e sem tratamento, que comprometem a qualidade de vida do animal.
A transmissão da FIV (vírus da imunodeficiência felina) acontece entre os gatos por meio do contato com a saliva – através da mordida, geralmente na disputa por território ou na briga por acasalamento – e a única forma de protegê-lo é evitando o contato com outros gatos. No organismo do bichinho, a FIV destrói a imunidade, enfraquecendo o animal e tornando-o suscetível a vários tipos de doença – como acontece com a aids no organismo humano.
Já o contágio da FELV (vírus da leucemia felina) é ainda mais fácil, pode acontecer através da saliva do gato, durante a gestação ou o aleitamento, no compartilhamento de potes de ração, caixas de areia, ou ainda por mordidas. Daí a importância de testar inclusive gatinhos filhotes, que podem ter contraído a doença da mãe, independentemente de raça.
O animal que apresentar resultado positivo para o vírus da FELV pode ter sintomas que vão de alterações comportamentais, anemia, emagrecimento a problemas na gengiva. No caso da leucemia felina, no entanto, a vacina quíntupla previne contra a FELV e outras quatro doenças (rinotraqueíte, panleucopenia, calicivirose, clamidiose e leucemia felina).
Incidência 
Foi a prevalência de leucemia felina entre os gatos de Curitiba foi de 28,9%, segundo pesquisa realizada pela médica veterinária Patrícia Yukiko Montano para o seu trabalho de mestrado sobre saúde felina. Foram testados 142 gatos, de todas as regiões da cidade. Deste total, 5,6% apresentaram resultados positivos para o vírus da FIV.
“É um mito que os gatos precisam ir para a rua. A sobrevida deles diminui muito. É possível e desejável criar um ambiente favorável para o desenvolvimento deles dentro de casa.”
Patrícia Montano, médica veterinária.

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