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Os bichinhos de estimação também precisam ser protegidos do frio. Foto: Visual Hunt.
Os bichinhos de estimação também precisam ser protegidos do frio. Foto: Visual Hunt.| Foto:

Com as temperaturas mais frias não é incomum ver gatos e cachorros vestindo roupas, mas será que os pets precisam do acessório? Especialistas defendem que sim. Proteger os bichinhos de estimação no frio não é só um capricho de tutores, mas uma recomendação. É o que afirma o médico veterinário Marcio Barboza, gerente técnico pet da MSD Saúde Animal.

De acordo com ele, todas as raças de cães e gatos podem usar roupas, mas principalmente aqueles de pelo curto. “Temos raças que estão mais adaptadas ao inverno, como o São Bernardo e o Husky Siberiano, mas essas raças também podem usar. Não há qualquer contraindicação”, explica.

É recomendado que as roupas que sejam produzidas com tecido de algodão ou soft. Tal como os humanos, os animais de estimação também podem ter alergia a alguns tipos de tecidos. Marcio Barboza esclarece que geralmente as reações se manifestam com coceiras ou vermelhão na pele, bolinhas vermelhas, entre outros sintomas. Quando isso acontece, o tutor precisa trocar o tipo de tecido.

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A regra também vale para os gatos. “Embora possa parecer um pouco mais difícil de ver gatos com roupas, eles também precisam se aquecer, é uma questão de costume”, completa o médico veterinário.

Pantufas e meias

E no caso de pantufas e meias, é necessário? Marcio Barbosa diz que ‘calçar’ os animais não é bem uma necessidade, embora não haja nenhum malefício nisso.

“Muitos tutores colocam as meias ou pantufas mais por uma questão de higiene, já que muitas vezes eles chegam em casa depois do passeio e vão direto para o sofá ou para cama”, explica. O médico veterinário recomenda que, como não é algo necessário, basta limpar bem as patinhas depois de voltar da rua.

Como a gente

Você pode vestir o seu cãozinho com muito estilo. Foto: Visual Hunt.
Você pode vestir o seu cãozinho com muito estilo. Foto: Visual Hunt.

O frio que chegou à Curitiba desde o começo de junho já aqueceu as vendas de roupas para cachorros. O inverno antecipado fez a marca curitibana Vdog Store vender 70% a mais do que no restante do ano. De acordo com Denise Omori, uma das sócias da loja, nesta época “os tutores compram mais por necessidade mesmo, não tanto por aparência como no verão”.

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Entre os produtos mais vendidos estão os casacos de moletom e as capas com babados e pregas. As peças custam de R$ 30 a R$ 70, “com modelagens muito parecidas com as roupas que nós humanos usamos”, completa a lojista.

Mutirão de roupas

A preocupação com os pets é tanta que o coletivo Bendita Colab vai promover um mutirão para produzir roupas para cachorros, no dia 1º de julho. A professora e designer de moda Dayane Lima vai ministrar um curso de corte e costura para vestimentas de animais.

Ela e as costureiras do coletivo irão ensinar todo o passo a passo da produção, desde a modelagem à finalização. Serão produzidas diversas peças, sendo algumas delas para doação a entidades assistenciais caninas. O ingresso, a partir de R$ 40, inclui as aulas e todo o material necessário, além de alimentação.

Na edição do ano passado, o mutirão reuniu 62 pessoas e foram doadas 96 roupinhas para a ONG Ajude Focinhos. Para este ano, as doações serão entregues ao grupo Animais sem Teto.

O mutirão será realizado na Rua Ulisses Vieira, 696, Vila Izabel. As inscrições podem ser feitas aqui.

Adaptação

Mesmo cães mais peludos devem usar roupinhas, segundo o especialista. Foto: Unsplash.
Mesmo cães mais peludos devem usar roupinhas, segundo o especialista. Foto: Unsplash.

Assim como os humanos, os animais de estimação também podem não se adaptar a algumas peças de roupas e acessórios. E não adianta tentar forçar, porque o cão ou o gato vão dar um jeito de tirar a vestimenta. “É preciso ver a reação do animal, se ele vai tentar tirar com a boca, com a pata ou se coçar muito”, explica.

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O normal é que o pet mantenha seu comportamento habitual. Se algo mudar, o tutor precisa retirar a roupa. Marcio conta que realmente há animais que não se adaptam, geralmente os que ficam mais dentro de casa. “Se eles não costumam sair, não há necessidade de colocar roupa, já que dentro de casa ele tem a caminha e os cobertores”, completa.

Vacina e ração

Além de proteger do frio, o médico veterinário recomenda que os tutores vacinem os cães contra a gripe dos canis, que tem uma incidência mais aguda nesta época do ano.

Já a alimentação não deve ser alterada, mesmo com um consumo maior de ração por conta do gasto energético. “Alguns veterinários até recomendam aumentar a quantidade de comida, mas não para animais que estejam dentro de um peso corporal adequado”, finaliza o especialista.

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