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Enquanto você calça os sapatos e pega a bolsa e as chaves de casa para sair, o seu cachorro não só te observa como, possivelmente, começa a ficar ansioso porque sabe que ficará sozinho. Quando você sai de casa, a ansiedade do bichinho pode chegar a tal nível que ele acaba adotando algum comportamento que você reprovaria: late sem parar, rói a porta, mastiga algum objeto da casa. Nesses casos, especialistas dizem que o animal sofre de Síndrome de Ansiedade de Separação.

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“A ansiedade é, na verdade, uma alteração emocional, nesse caso por permanecer longe do dono. Como estamos falando em alteração emocional, efetivamente estamos falando de estresse, ou seja, do hormônio cortisol agindo no sistema emocional do cão. Após a saída do tutor, o cachorro precisa dissipar essa ansiedade de alguma forma”, explica o adestrador Rafael Wisneski.

Segundo Wisneski, em geral, o cão “ataca” um dos objetos que ele associa ao dono. Se, enquanto estão juntos, o tutor assiste TV mexendo no controle remoto, o bicho pode morder e até destruir o controle enquanto dono está fora de casa. Se, ao pegar um sapato para brincar, o cão leva broncas, ele pode pegar os sapatos quando está sozinho para testar se o dono aparece para chamar a atenção dele. “Ele prefere levar uma bronca do que ficar sozinho”, afirma o adestrador.

Ocorrência e soluções

Wisneski explica que qualquer cachorro pode ser acometido pela Síndrome de Ansiedade de Separação, mas que ela é mais comum nos chamados “cães de companhia”. “Os animais têm, de certa maneira, alguns trabalhos a executar, então, quando há ausência do interlocutor, cães que tem como única função fazer companhia não sabem o que fazer”, diz.

Assim, conforme o adestrador, a solução seria “dar aos animais algo para fazer na ausência dos tutores”. Uma opção seria oferecer comida ao animal dentro de um brinquedo, obrigando-o a brincar e dissipar energia para conquistar o alimento.

Wisneski diz ainda que é importante passear com os cães frequentemente e por mais tempo. “Quando o cachorro faz pouca atividade externa, a tendência é que ele fique sensível a novas estimulações e se estressar muito rápido”, afirma. Os passeios também ajudam a gastar energia do animal, fazendo com que ele fique mais tranquilo em casa.

Para quem acredita que seu bicho precisa apenas de um outro cão para lhe fazer companhia, o adestrador alerta: “Ou você soluciona ou você dobra o problema”. Segundo ele, os cães tendem a se vincular afetivamente aos humanos, o que faz com que a falta do tutor não seja necessariamente compensada pela presença de outro animal. Na dúvida, Wisneski recomenda que a pessoa invista mais no bicho que a pessoa já tem em casa. “O dono pode levar ele para uma creche, comprar mais brinquedos”, enumera.

 

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