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A imagem de um cachorro com a cara na janela, pelos contra o vento e língua de fora dá a impressão de que os passeios de carro são pura diversão para os bichos. Mas nem sempre é assim: o movimento do veículo faz com que alguns cães fiquem enjoados e até vomitem, deixando o passeio desagradável tanto para eles quanto para os donos.

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“O enjoo está ligado ao sistema do labirinto, tanto das pessoas quanto dos animais. Aquele movimento de acelera, desacelera, vira para um lado e para outro, causa desorientação e um mal estar”, explica o médico veterinário da clínica Alles Blau, Carlos Leandro Hanemann. Conforme o médico, o enjoo de movimento nos animais não está ligado a raças específicas, portanto todos os cães estão suscetíveis a tê-lo.

Para ajudá-los numa situação como essa, a recomendação dos especialistas é que prestem atenção a fatores como velocidade, trajeto e temperatura do carro. “Quanto mais rápido for o movimento, mais desloca o líquido dentro do labirinto. Se o caminho for tortuoso também pode predispor a mais enjoo”, diz a a coordenadora do curso de medicina veterinária da Universidade Positivo, Thaís Casagrande.

Thaís diz ainda que é importante que o cão fique no banco de trás, de preferência bem preso (seja dentro ou fora da caixa de transporte), para que ele não se movimente mais do que o necessário. Distraí-lo com algo dentro do carro, evitando que ele olhe para fora e veja o movimento  também pode ajudar. Ela recomenda ainda que haja boa circulação de ar dentro do carro.

Jejum e remédios

Outra orientação dos especialistas é não alimentar os cães antes dos passeios de carro ou viagens. Um jejum de uma hora pode ser o suficiente para evitar vômitos. A água também deve ser evitada de forma excessiva para não encher o estômago do animal.

Se o trajeto for longo, no entanto, Thaís orienta que haja paradas a cada duas horas para o cachorro dar uma volta e comer um pouco de ração ou um petisco com pouca gordura.

Se, ainda assim, o animal apresentar sinais de enjoo, pode ser necessário recorrer a uma medicação. Conforme Hannemann, há apenas um medicamento veterinário para este fim no mercado brasileiro, o citrato de maropitant, conhecido comercialmente como Cerenia.

Apesar de o veterinário da Alles Blau indicar apenas o remédio específico para cachorros, a professora da Universidade Positivo acredita que é possível usar alguns medicamentos para humanos, como cloridrato de ondansetrona, cloridrato de metoclopramida e prometazina.

Para usar qualquer medicamento, no entanto, os especialistas recomendam que um médico veterinário seja consultado para determinar o remédio adequado e as doses a serem utilizadas.

Nervosismo

O enjoo ao andar de carro também pode ser decorrente de nervosismo por associar o carro a uma experiência ruim (uma ida ao veterinário ou um hotelzinho enquanto os donos viajavam). “Se o enjoo for secundário a uma má experiência, é possível fazer alguns reforços positivos para acostumar o cachorro a andar de carro: pequenos trajetos com um pouco de carinho ou com um petisto”, conclui Thaís.

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