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Carol canta "Dream On", do Aerosmith, na semifinal do The Voice Brasil. Foto: Reprodução/Facebook
Carol canta "Dream On", do Aerosmith, na semifinal do The Voice Brasil. Foto: Reprodução/Facebook| Foto:

Nascida em Ivaiporã e criada em São João do Ivaí e Campo Mourão, Carol Biazin nunca tinha saído do Paraná até fazer 18 anos. Mas, de lá para cá, sua voz chegou aos cantos mais distantes do país. É que agora, aos 20 anos, ela é uma das finalistas da sexta edição do The Voice Brasil.

A final vai ao ar nesta quinta-feira (21), mas vencer ou não o programa é mero detalhe para ela, que se diz surpresa com as reações das pessoas, principalmente nas redes sociais. Vivendo em Curitiba há pouco mais de um ano e meio, Carol conversou com o Viver Bem enquanto fazia compras em um supermercado. “Aqui em Curitiba é bem tranquilo. As pessoas reconhecem, mas não são muito de ficar em cima. Em Campo Mourão eu chego nos lugares e as pessoas ficam olhando, tipo ‘é ela mesmo?'”, conta, às gargalhadas.

Acostumada a mexer pouco no Twitter, ela estranhou a quantidade de pessoas que começaram a segui-la por lá. “Eu tinha duas mil pessoas me seguindo e agora tenho 84 mil. Está engraçado, eles ficam me marcando o tempo inteiro.” A inundação de mensagens no celular, ainda com prefixo 44, foi outra novidade. O aparelho chegava a travar em alguns momentos.

A paranaense de apenas 1,56m conta que as pessoas sempre se surpreenderam com sua voz forte. Foto: Reprodução/Facebook
A paranaense de apenas 1,56m conta que as pessoas sempre se surpreenderam com sua voz forte. Foto: Reprodução/Facebook

Pé vermelho, voz colorida

Acho que sempre tive o sonho de cantar, nunca desejei ser nada diferente disso”, conta Carol. Ela diz que ter crescido no interior do Paraná influenciou todos os setores de sua vida, inclusive a música. Os churrascos em família ouvindo sertanejo e o coral infantil que a mãe coordenava quando ela era criança estão em seu ecletismo para escolher repertórios. Foi em território paranaense que ela aprendeu a tocar violão, a dominar melhor a voz e até a falar inglês.

Quando saiu do ensino médio, optou por cursar música na Faculdade de Artes do Paraná (FAP), em Curitiba. “Eu me questionei se valia a pena fazer música, mas minha mãe insistiu que eu deveria fazer o que gostava. Então coloquei na cabeça que faria música em Curitiba porque queria uma faculdade de música que não fosse erudita e achei que não teria coragem de sair logo do estado.”

Embora a experiência na faculdade seja recente, ela diz que percebeu que sabia cantar já aos oito anos. “Eu estava sentada em cima de um balcão e cantei ‘I’m Yours’, do Jason Mraz. Comecei a cantar batucando no balcão e me lembro de que a minha família bateu palma pra mim e eu gostei daquela sensação.” De volta a Campo Mourão, não sossegou enquanto não foi matriculada nas aulas de violão. Esprestou um violão do vizinho e praticava em casa, também. Foi então que os pais perceberam que a música era um amor verdadeiro.

Além do violão, ela sabe tocar teclado, banjo, ukulele, gaita de boca, escaleta e cajón. O talento para os instrumentos e a voz forte chamavam a atenção desde cedo. “Minha voz sempre foi mais encorpada que a minha idade, então as pessoas achavam incrível uma criança com aquela voz forte, cheia. Acho que essa sempre foi a maior surpresa para todo mundo.” E ainda é. Por várias vezes os técnicos do The Voice se disseram surpresos com o timbre e o controle vocal que ela demonstra ter.

Na semifinal, ela cantou "Beauty and the Beast" ao lado de Juliano Barreto. Foto: Reprodução/Facebook
Na semifinal, ela cantou "Beauty and the Beast" ao lado de Juliano Barreto. Foto: Reprodução/Facebook

O momento certo

Esta foi a quinta vez que Carol tentou entrar para o programa. Os anos anteriores serviram para amadurecer sua música. “Mudou coisa pra caramba em termos de musicalidade, de cabeça, eu fiquei mais madura. Entendi que não é só cantar bem, tem que ter algo a mais.” Desta vez, levou o violão e cantou uma música country. Conseguiu a vaga.

“Eu também acho que tudo tem um momento certo para acontecer.” Parece que sim, já que ela segue com a mesma técnica – nada menos que Ivete Sangalo – desde a primeira vez que cantou no palco do The Voice. Ivete, aliás, optou por ela todas as vezes em que precisou fazê-lo. A paranaense também foi elogiada por Lulu Santos enquanto instrumentista em uma das apresentações.

Sem se preocupar com o resultado da final, ela garante que entende que este é o momento para se dedicar totalmente à carreira. “Se eu não ganhar, acho que tudo foi muito bem resolvido na minha vida. Consegui contatos com produtores muito bons, então, independente do que venha a acontecer, eu vou ter muita coisa para fazer ano que vem, que é ano de trabalhar muito.” Ela diz que o objetivo é montar uma agenda de shows e percorrer o Brasil, mas que pretende ir devagar. “Tenho que aproveitar o momento, preciso fazer e acontecer, criar um público forte para mim, mas com calma. Não dá para acelerar as coisas.”

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