Comportamento

Dayane Saleh, especial para a Gazeta do Povo

Não são só as crianças que amam as princesas Disney

Dayane Saleh, especial para a Gazeta do Povo
19/10/2016 17:00
Thumbnail

As irmãs Jamille e Jayana que dividem o amor pelas princesas e a coleção. Foto: Acervo Pessoal

As princesas da Disney povoam a imaginação de milhares de pequenos ao redor do mundo, e conquistam cada vez mais fãs desde o lançamento do filme da Branca de Neve e os Sete Anões em 1937 até Frozen, de 2013. Mas o amor por estas personagens muitas vezes não é deixado na infância, ele acaba crescendo e se transformando.
As memórias dos filmes, que foram vistos tantas vezes no passado, quando ainda era preciso utilizar o VHS e rebobinar as fitas, dão aquela sensação boa de nostalgia. Desde o desespero quando a fita pulava aquela parte que você viu milhares de vezes até a felicidade de saber todas as músicas e cantar junto.
Foi a Cinderela (1950) que deu origem a um dos maiores símbolos da marca. Seu castelo é visto desde 1985 nos desenhos, e se desenvolveu ao longo dos anos.
Foto: Divulgação/Disney
Foto: Divulgação/Disney
Uma das mulheres que amam as princesas é a estudante Milena Lemos (21), que também traz esse amor da infância e ainda tem as fitas guardadas em casa. “As princesas sempre estiveram presentes na minha vida. Assistia os filmes todo dia depois da aula, não me cansava”, conta. Para ela, o mais legal dos filmes é a jornada da heroína. “As protagonistas sempre estão em busca de seus sonhos, o que me inspira na vida”, afirma.
Milena acredita que os filmes da Disney carregam mensagens sobre temas importantes, como depressão e preconceito. “São histórias que fazem parte de mim e muitas vezes me guiaram nas decisões que tomei na minha própria vida”, explica.
Milena tem várias bonecas das princesas. Foto: Acervo Pessoal
Milena tem várias bonecas das princesas. Foto: Acervo Pessoal
Ela assume que escolher uma preferida é tarefa difícil, pois todas tem qualidades respeitáveis. A estudante diz que durante anos as favoritas foram a Bela, da A Bela e a Fera (1991) e a Ariel, da Pequena Sereia (1989). “A Bela é uma moça muito boa e inteligente e a Ariel tinha traços da minha personalidade, como a curiosidade e a mania de colecionar objetos”, explica Milena que hoje gosta mais da Ella (Cinderella de 2015), pois ela demonstra que a bondade torna as pessoas mais fortes.
Outra estudante Jamille Maltaca (19), compartilha a paixão com a irmã Jayana (21). As duas têm até um vídeo no Youtube dedicado à Disney. “Eu fui influenciada pela minha irmã, que amava a Branca de Neve. Nessa época nós tínhamos vários livros que vinham com CD para ouvir a história”, conta Jamille, que já visitou o parque da Disney três vezes. “Sempre é um sonho, fico boba! A primeira vez que eu fui, tinha 14 anos. Nós duas compramos todas as princesas para colecionar”, conta a jovem.
Foi quando ela viu um espetáculo da Bela e a Fera no Hollywood Studios que passou a gostar ainda mais da princesa. “Fiquei emocionada, me arrepiei toda. Acho lindo os vestidos, a música e a história. É uma das minhas preferidas porque mostra que o amor vai além de aparências”, diz Jamille.
Uma pequena parte da coleção das irmãs. Foto: Acervo Pessoal
Uma pequena parte da coleção das irmãs. Foto: Acervo Pessoal
A festa de 15 anos dela foi baseada na animação. “Meu vestido era todo amarelo, igualzinho ao dela, e a decoração era vermelha e dourada, com a flor dentro da cúpula em cima das mesas como no filme”, explica. Em sua opinião, todas as crianças deviam assistir os filmes e conhecer as princesas desde pequenas. “Gosto dos filmes e das histórias, por isso, é tudo muito mágico e encantador”, finaliza Jamille.
Jamille no seu aniversário de 15 anos. Foto: Acervo Pessoal
Jamille no seu aniversário de 15 anos. Foto: Acervo Pessoal
Outra mulher que foi influenciada pela irmã é a estudante Gabriela de Medeiros (20), ela conta que passava as tardes com a irmã vendo filmes. Em 2012 foi para Disney e ficou extremamente emocionada. “Pensa numa pessoa que não conseguia falar nada, era eu. Quando eu vi a Bela não saía uma palavra em inglês para conversar com ela”, conta a estudante.
Ela também adora a Merida, de Valente (2012), Cinderela, Ariel e a Mulan (1998). Gabriela é autora de um projeto de desenhos chamado 1 menina e 365 cabelos, no qual ilustrou algumas de suas preferidas
Foto: Acervo Pessoal
Foto: Acervo Pessoal
Também existem as princesas da vida real, como a estudante Giovana Macanhão (19). No ano passado começou a trabalhar de animadora de festas infantis. “Isso aumentou muito meu amor por elas, porque agora sei todas as musicas de cor, assim como a história de cada uma”, conta Giovana.
As favoritas dela são a Anna, de Frozen e a Ariel. “A Anna porque ela é toda maluquinha e procura um amor verdadeiro, e a Ariel pelo sonho que ela tem de conhecer o mundo e porque adoro a música dela”, explica. Ela diz que gosta dos filmes por causa da magia e do final feliz. ” Toda vez que assisto choro e dou risada nas mesmas partes”, finaliza.
Giovana de Cinderela. Foto: Acervo Pessoal
Giovana de Cinderela. Foto: Acervo Pessoal
A atriz e estudante Caroline Canei também é uma princesa. Sua paixão foi influência da própria mãe, que comprava os livros e os filmes. “Ela assinava uma revista que, na época, toda semana era acompanhada de um filme novo de princesa. Isso me tornou uma pessoa muito sonhadora, apaixonada e forte. Acho que tenho um pouquinho de cada uma delas!”, conta.
Carolina de Branca de Neve. Foto: Acervo Pessoal
Carolina de Branca de Neve. Foto: Acervo Pessoal
Ela acredita que os desenhos contribuíram para o seu caráter. “Como eu tenho a arte em mim, sempre foi um sonho ser princesa. Eu acho que tudo que as princesas nos ensinam deve ser levado para a vida, porque elas são fortes e determinadas, cada uma tem seu jeito especial”, esclarece.
A atriz nunca conseguiu ir à Disney mas pretende juntar dinheiro até o ano que vem. “Tenho um cofrinho na porta de casa com uma princesa e cada pessoa que entra, contribui para a minha viagem. É um sonho, vou chorar demais quando conseguir”, finaliza.
A fantasia da Branca de Neve era a preferida da estudante Luiza Guimarães (21) quando pequena. “Aos três anos não tirava a roupa dela de jeito nenhum”, conta Luiza que acredita que o melhor das histórias é que é fácil de se identificar com as personagens. “Conforme fui crescendo, comecei a rever os filmes e a perceber os detalhes de profundidade que as histórias têm. Eu sempre li os contos originais também, eu acho bacana de comparar com as adaptações da Disney”, explica a estudante.
A Ariel hoje é a preferida dela. “Porque ela é uma sereia! Se fosse pela história eu diria a Rapunzel, a Merida ou a Tiana”, esclarece. Ela conta que gosta das princesas pois desde que tinha 11 anos estuda a personalidade de personagens da ficção. Luiza acredita que elas, assim como os personagens de contos de fadas em geral, ensinam sobre comportamento humano ao longo da história “As princesas Disney têm uma peculiaridade a mais que é o fato delas serem modelo para muitas meninas. Eu tenho uma irmãzinha de 3 anos sou muito orgulhosa de ela também se fantasiar de princesa”, conta.
Luiza com a Mulan na Disney. Foto: Acervo Pessoal
Luiza com a Mulan na Disney. Foto: Acervo Pessoal
Luiza, que trabalhou no Magic Kingdom, no Walt Disney World no verão de 2014-2015, admira o feminismo presente nas histórias. “Os filmes das princesas são todos sobre mulheres conquistando seus sonhos, seja o príncipe encantado, seja uma noite na festa longe da madrasta má, uma aventura ou a descoberta de um mundo novo”, defende a estudante.
Já a jornalista Camila Galvão (28) conta que não gostava muito das animações com esse tema quando pequena. “Comecei a me interessar mesmo aos 17 anos, quando fui morar com uma amiga que adorava a Disney. Víamos sempre juntas”, diz Camila que se viciou nas histórias e assistia toda semana. “Tive dois aniversários como adulta com o tema. Meus tios viajam e sempre me trazem alguma coisa”, diz. O que ela mais gosta são as músicas e tem até uma tatuagem da Ariel.
A tatuagem de Camila é uma releitura da Ariel, uma das princesas mais adoradas. Foto: Chris Santos/Divulgação
A tatuagem de Camila é uma releitura da Ariel, uma das princesas mais adoradas. Foto: Chris Santos/Divulgação