Comportamento
Amanda Milléo
Com mistura de vôlei de praia e tênis, novo esporte gasta até 500 calorias por hora
Beach Tennis: nova modalidade que tem chamado atenção dos sedentários (Foto: Letícia Akemi / Gazeta do Povo) | Leticia Akemi
Sedentários que estão em busca de um exercício dinâmico, fácil de aprender e que não exija ficar preso em uma academia, precisam conhecer o Beach Tennis. Ainda pouco conhecida do público, a modalidade mistura conceitos do vôlei de praia e do tênis, mas sem a exigência técnica que os esportes demandam. Em uma hora de treino intenso, os praticantes costumam ter um gasto calórico de até 500 calorias – ideal para a perda de peso e condicionamento físico.
A facilidade em aprender as regras (que se resumem a rebater a bolinha para o outro time enquanto ela ainda está no ar) faz com que o Beach Tennis possa ser praticado por pessoas de diferentes idades, de crianças a adultos. Quem quiser apenas brincar de Beach Tennis, pode. Mas se a ideia é se transformar em um profissional das quadras de areia, também é possível.
Ana Bruel, servidora pública de 41 anos, representa o Clube Curitibano, onde pratica o Beach Tennis em Curitiba, em competições pelo Brasil. Quando conheceu a modalidade, em 2015, logo se apaixonou e decidiu deixar o tênis e o badminton na reserva nos anos seguintes. “No Beach Tennis, se você montar duas duplas, mesmo iniciantes, todos conseguem se divertir. O Beach estimula todos de uma mesma categoria a jogar. Nunca vai ter uma bola que seja impossível de pegar”, explica a praticante.
A paixão é tamanha pelo esporte que Ana treina todos os dias. Para manter o condicionamento, ela mescla com exercícios prescritos pela personal trainer e Pilates. “A areia é fofa e pesada, então tem que ter força para correr e manter o nível do jogo. O Beach te dá uma condição física excelente”, lembra Ana, que calcula gastar cerca de 400 calorias em jogos mais pesados.
Dos cuidados, Ana alerta a quem quer começar:
“Descalço? Pode, mas se for local aberto e estiver muito sol, é importante reforçar o protetor solar no peito do pé. “Já fiz muitas bolhas no pé”, lembra a praticante.
Praticante do Beach Tennis há apenas cinco meses, Débora Zeballos Tibinka, empresária de 46 anos, não esconde que a modalidade trouxe muitos benefícios para o seu físico e para a sua saúde. Antes sedentária e usuária das bombinhas de asma, hoje Débora eliminou quatro quilos e deu adeus aos aparelhinhos contra a doença.
“No começo não aguentava correr muito, especialmente nos primeiros meses. Fazia 15 minutos e já ficava cansada. Agora, passa o tempo e você nem percebe, porque está com amigos. É uma atividade que dá para fazer em casal”, diz a empresária.
Aos que pensam em dar uma chance ao esporte, Débora aconselha:
“Tem que fazer um alongamento. Além do Beach, vou para a academia e faço exercícios em aparelhos, como o elíptico”, diz a empresária.
Ao lado da esposa, Marlon Tibinka, engenheiro civil de 50 anos, compartilha a paixão pelo esporte. Ele foi, inclusive, um dos primeiros a trazer o Beach Tennis para o clube onde treina em Curitiba. Quem preferir praticar sozinho, porém, pode seguir a sugestão de Marlon:
“Em Curitiba, no Parque Barigui, tem quatro quadras que podem ser usadas para a modalidade. Basta levar a rede. O kit completo, da rede e faixas que delimitam o espaço, custa R$ 700. Dividindo o valor entre quatro amigos, fica bem em conta”, lembra o engenheiro.
Cuidados com a saúde
Embora seja um treino acessível para todos, é sempre importante que a saúde esteja em dia antes da prática, conforme orienta Pedro Chen, treinador e professor da modalidade no Clube Curitibano.
“Sempre pedimos um exame médico, para ver se a pessoa está apta. Como o Beach Tennis é jogado na areia, a demanda energética é muito grande. Em treinos de uma hora, o gasto calórico pode chegar a 500 calorias, dependendo do condicionamento do aluno”, explica o treinador.
Na modalidade, são trabalhados diversos grupos musculares. “As pernas se movimentam bastante, o braço dominante, praticamente toda a musculatura do corpo”, reforça Chen.
Onde praticar Beach Tennis?
Em Curitiba, além das quadras de areia localizadas no Parque Barigui, que são gratuitas, há academias que oferecem espaço para a prática.
Na Taboão Sports – Tennis & Beach Tennis, localizado no bairro Taboão, o espaço oferece duas modalidades: aulas de Beach Tennis ou aluguel de quadras. As aulas custam a partir de R$ 160 por mês e o aluguel das quadras custa R$ 40/hora. Nas sextas, sábados e domingos, o praticante pode pagar R$ 20 pelo day use do local.
Já na Connecting Sports – Esportes de praia, o pacote com quatro aulas custa a partir de R$ 160 e o valor da locação das quadras varia conforme o espaço: quadras cobertas custam R$ 80/hora e a descoberta custa R$ 60/h.
O Clube Curitibano também oferta as aulas de Beach Tennis em três sedes, mas apenas aos associados.
Quais equipamentos são necessários?
Além da rede (própria para Beach Tennis, com 1,70m de altura) e faixas que delimitam o espaço da quadra (16m x 5m para jogo simples e 16m x 8m para em duplas), são necessários outros equipamentos para a prática, como as raquetes (que são mais leves e menores que as de tênis) e a bolinha.
Embora iguais no material, as bolinhas do Beach Tennis têm uma pressão diferente, sendo 50% despressurizada. As cores também são únicas: metade amarela e metade laranja, para que os praticantes vejam com facilidade.
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