Campanha arrecada fundos para ajudar curitibana de 6 anos a ouvir

Uma campanha na internet está arrecadando fundos para ajudar uma pequena curitibana a ouvir. Maria Izabelly Rosa viveu toda a sua vida sem saber que tinha um problema de audição. Foi só há dois meses, quando ela já tinha 6 anos, que exames confirmaram as suspeitas da família. Ela ouve apenas ruídos, mas, como provavelmente nasceu com o problema, achava que era normal.

A mãe, Gisele, 32 anos, que é catadora de recicláveis, conta que, desde pequena, a filha parecia não escutar direito, mas nunca reclamou. E, mesmo com dificuldades para ouvir, a menina conseguiu aprender a falar, embora troque algumas letras. “A gente falava com ela e às vezes ela respondia, às vezes, não. Mas a gente achava que podia ser de propósito, que ela só ouvia quando queria. Só que, de uns tempos para cá, ela só respondia quando a gente falava de frente para ela. Se ela estivesse de lado ou de costas, não respondia nada.”

Foi quando o alerta disparou e ela decidiu levar a filha a um médico. Os exames e consultas eram caros e, para pagá-los, a mãe promoveu rifas. Depois de muito investigar, o diagnóstico: a pequena tem apenas entre 40% e 50% de audição em cada um dos ouvidos. Ouve muito pouco e, por isso, precisou desenvolver sozinha a habilidade de fazer leitura labial.

Descoberto o problema, a família conseguiu um aparelho para Maria Izabelly testar. “Os médicos emprestaram o aparelho para ver se funcionava e foi muito bom, funcinou bem. Quando ela colocou, precisava ver a felicidade dela, a alegria dela de ouvir, de não precisar mais gritar ou repetir as coisas. Ela é outra criança”, diz Gisele.

O problema é que um aparelho definitivo custa R$ 4,5 mil e a família não tem condições de arcar com o valor. Por isso, uma campanha lançada na internet está arrecadando dinheiro para que ela possa continuar ouvindo. A mãe ressalta a importância que essa ação de solidariedade tem para o bem-estar de Maria Izabelly.

“A gente não tem como pagar tudo isso no aparelho. E ele é muito importante para ela. No dia em que ela usou a primeira vez, foi uma alegria muito grande para ela, para mim, para todo mundo. Não tem como explicar a diferença que fez na nossa vida.”