Comportamento

Katia Michelle, especial para Gazeta do Povo

Curitibanos criam aplicativo que conecta surfistas e fotógrafos

Katia Michelle, especial para Gazeta do Povo
15/06/2016 12:34
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Foto de Dave Nelly Nelson, em Santa Maria, Califórnia, uma das milhares de imagens já cadastradas no Moments.Surf.

Surfista há mais de 30 anos, o publicitário curitibano Fhabyo Matesick pode contar nos dedos os bons registros que tem de suas atividades sobre as ondas. E foi exatamente da dificuldade em obter uma boa foto surfando que nasceu a ideia de criar um aplicativo que conectasse fotógrafos que registram o esporte a surfistas. Assim, nasceu o “Moments.Surf”, aplicativo para Android e iOS que já tem quase 700 fotógrafos de 23 países cadastrados e centenas de surfistas de todo mundo. Nas redes sociais, somando Facebook e Instagram, a plataforma já tem mais de 20 mil seguidores.
O fotógrafo Robin Baskerville clicou o surfista nas Ilhas Maldivas.
O fotógrafo Robin Baskerville clicou o surfista nas Ilhas Maldivas.
Lançado há pouco menos de um mês, em maio deste ano, o aplicativo está crescendo gradativamente e conquistando um público fiel. O cadastro é gratuito. Basta baixar o aplicativo e tanto fotógrafos como surfistas vão ter acesso às imagens. Os primeiros para cadastrar (e vender) as fotos e os surfistas para pesquisar e comprar as imagens. “Os fotógrafos têm um pão quente na mão, pronto para ser vendido. Os surfistas querem essas imagens e não tinham como ter acesso”, explica o criador do aplicativo.
Moments.Surf pode ser baixado gratuitamente. Foto: reprodução
Moments.Surf pode ser baixado gratuitamente. Foto: reprodução
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O que acontece é que quando os surfistas saem da água não têm como encontrar o fotógrafo que está registrando a prática e vice-versa. No processo de desenvolvimento do aplicativo, foi realizada uma pesquisa com 500 surfistas do mundo inteiro e 75% deles responderam que nunca conseguem uma boa imagem de quando estão sobre as ondas. Os fotógrafos têm a mesma dificuldade. Os 200 profissionais entrevistados afirmam que não conseguem vender 95% das fotos tiradas.
Na Praia da Macumba, no Rio de Janeiro, o flagrante é do fotógrafo Marcelo Campos. Já são 700 fotógrafos de 23 países cadastrados no aplicativo.
Na Praia da Macumba, no Rio de Janeiro, o flagrante é do fotógrafo Marcelo Campos. Já são 700 fotógrafos de 23 países cadastrados no aplicativo.
No aplicativo, o fotógrafo pode cadastrar quantas imagens quiser e sugerir o preço. Atualmente as imagens estão sendo comercializadas a valores que variam entre US$ 3 e US$ 5. A foto é comprada no próprio aplicativo, que repassa os valores para os fotógrafos em dias pré-determinados. Quem baixar o aplicativo até a metade de agosto ganha U$ 10 de crédito para usar na compra de fotos e indicando um amigo mais US$ 2 para cada cadastro completado.
Fhabio Matesick conta que o objetivo é que até o final do ano o aplicativo alcance 10 mil surfistas e 1 mil fotógrafos de todo o mundo. Foto: divulgação.
Fhabio Matesick conta que o objetivo é que até o final do ano o aplicativo alcance 10 mil surfistas e 1 mil fotógrafos de todo o mundo. Foto: divulgação.
“Vimos uma grande oportunidade nessa situação de `demanda e oferta´ e a agora queremos movimentar o aplicativo, que teve toda a tecnologia desenvolvida em Curitiba”, conta Matesick, que tem como sócios os também publicitários Thiago Biazetto, Guilherme Gomide e Luiz Alberto César. O investimento foi de R$ 300 mil e a meta é que até o final do ano o aplicativo alcance 10 mil surfistas e 1 mil fotógrafos de todo o mundo.