Comportamento

Bruna Covacci

Dez obras que mostram o poder das mulheres

Bruna Covacci
23/06/2015 11:15
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Desfile da Chanel

Ouvimos falar cada vez mais em “empoderamento feminino“. O termo tem sido usado com frequência em jornais, revistas e programas de tevê, mas ainda representa um tabu para muita gente. Depois do desfile protesto da Chanel, durante a Paris Fashion Week de 2014, em que modelos (entre elas Gisele Bündchen) carregaram placas com dizeres feministas como “ladies first” (“primeiro as mulheres”, em português), “vote em Coco” e “seja seu próprio estilista” e do discurso da Emma Watson na ONU Women, que tirou o foco dos problemas femininos e apresentou ao público os percalços que o machismo traz para a sociedade, para mulheres e homens, muita gente que não conhecia a importância da ação e nem mesmo o termo, passou a pensar numa sociedade mais igualitária e livre de preconceitos entre homens e mulheres. Na ocasião, a atriz lançou a campanha #HeForShe, a primeira da ONU deste estilo.
O empoderamento, por definição, possibilita a emancipação individual e da consciência coletiva necessária para a superação da dependência social e dominação política. Ele devolve poder e dignidade a quem desejar o estatuto de cidadania, e principalmente a liberdade de decidir e controlar seu próprio destino com responsabilidade e respeito ao outro.
A presença do tema também se tornou um movimento comercial. A DC Comics lançou em maio o primeiro livro infantil com super-heroínas. Nele, as personagens ensinam as crianças sobre o poder feminino. Nas páginas do My First Book of Girl Power (Meu Primeiro Livro sobre o Poder Femino), são contadas as histórias da Batgirl, Mulher Maravilha, Supergirl e Mulher Gavião. Ainda sem versão em português, o livro custa US$ 9,90 e está disponível na Amazon Americana.
Pensando nisso, listamos dez produções audiovisuais (filmes, desenhos e séries) que passaram no Teste de Bechdel. Ele questiona se a obra possui pelo menos duas mulheres que conversam entre si sobre algo que não seja um homem. Muitas obras falharam no teste, o que é um indicativo de preconceito de gênero. O teste recebe o nome em homenagem à cartunista norte-americana Alison Bechdel. Em 1985, uma personagem de seus quadrinhos Dykes to Watch Out For expressou a ideia, que a autora atribuiu a sua amiga Liz Wallace.
#HEFORSHE no Brasil
Nesta quarta-feira (24), o canal GNT e a ONU Mulheres promovem o lançamento da campanha #ElesPorElas (a versão brasileira da #HeForShe lançada por Emma Watson), que tem como objetivo mobilizar o público masculino a favor da luta pelo empoderamento feminino e provocar a discussão pela igualdade de gêneros. Haverá um grande evento no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, das 9h30 às 14h30, no qual os apresentadores Astrid Fontenelle e Marcelo Tas vão comandar uma série de bate-papos sobre o assunto, com transmissão ao vivo pelo site da campanha no GNT. Acompanhe!