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Fotos com uniforme podem colocar estudantes em risco na internet
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A época de volta às aulas fica sempre marcada pelas várias fotos em que crianças e adolescentes retratam a alegria de reencontrar amigos, ou de mostrar o uniforme novo. Muito comum também é que os próprios pais postem nas redes sociais o novo momento dos filhos, principalmente quando os pequenos estão iniciando a vida escolar. Mas a prática esconde um aspecto negativo e perigoso: na internet, a quantidade de informação acaba virando material para pessoas mal intencionadas.

“Virou um hábito as pessoas registrarem cada passo, marcando lugares, datas e pessoas com quem convivem”, explica o delegado Demétrius Gonzaga de Oliveira, do Nuciber (Núcleo de Combate aos Cibercrimes), parte da Polícia Civil do Paraná. No caso das escolas, o delegado diz que os criminosos detectam a região onde o colégio está, e pelas fotos, conseguem identificar quem é o estudante. “Evidentemente existe um risco muito grande nisso, porque assim como pessoas de bem estão vendo as postagens, os criminosos também têm acesso”.

“Da foto com o uniforme ou um check-in nas proximidades do colégio, um bandido já sabe parte da rotina de um jovem e até encontrar a criança nos horários de saída. Em alguns casos, eles seguem o carro que busca o estudante, e aí ficam sabendo onde a família mora.”

Demétrius Gonzaga de Oliveira, delegado do Núcleo de Combate aos Cibercrimes.

O delegado comenta que, em geral, as pessoas não prestam atenção nisso, e que um criminoso consegue facilmente acessar as informações nas redes sociais, e rapidamente tem material pra analisar a rotina dos alvos. “Da foto com o uniforme ou um check-in nas proximidades do colégio, um bandido já sabe parte da rotina de um jovem e até encontrar a criança nos horários de saída. Em alguns casos, eles seguem o carro que busca o estudante, e aí ficam sabendo onde a família mora”, explica.

Embora no Paraná estes casos não sejam tão comuns, o Nuciber trabalha na prevenção deste tipo de crime principalmente com palestras aos pais. “O cuidado principal depende da conscientização dos pais. Tinha que ter mais campanhas mostrando os perigos e danos pelo acesso à internet sem controle. Não basta largar a tecnologia na mão e não orientar, porque o mundo virtual é um local onde bandidos conseguem coletar dados de qualquer natureza”, completa.

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