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Timiyah Landers se submetei ao desafio na última semana. Foto: reprodução Facebook.
Timiyah Landers se submetei ao desafio na última semana. Foto: reprodução Facebook.| Foto:

Uma garota de 12 anos teve 49% do corpo queimado por causa do ‘desafio do fogo’. Conhecido como “Fire Challenge”, o desafio  estimula o participante a jogar líquidos inflamáveis e depois atear a chama em si mesmo, enquanto uma câmera filma. O objetivo é postar o desafio nas redes sociais. Foi o que a menina tentou fazer.

O caso aconteceu na última semana no estado norte-americano de Michigan, e fez a jovem ter queimaduras de segundo e terceiro graus. Em entrevista ao Viver Bem, a mãe dela, Brandi Owens, disse que Timiyah Landers já passou por uma cirurgia e deve precisar se submeter a pelo menos mais três para se recuperar.

“Ela está desacordada na UTI, respirando por aparelhos. Desde que ela e as amigas participaram do desafio, ela não conseguiu falar nada”, disse Brandi emocionada.

Brandi disse que estava em casa descansando quando ouviu um barulho semelhante a uma explosão, e encontrou a filha pegando fogo da cabeça aos pés. Outras duas amigas estavam junto, e disseram ter tentado imitar o desafio visto no YouTube.

“Por favor parem com estes desafios, digam aos seus filhos para não fazerem o que dizem estes vídeos do You Tube. Fiquem fora disso”, exclamou a mãe que tenta levantar a quantia de US$ 5 mil (R$ 19.899) para pagar a internação da filha. Os médicos disseram a ela que Timiyah ficará hospitalizada por muitos meses.

Na postagem em uma rede de financiamento coletivo, Brandi pede que as pessoas continuem a rezar pela jovem.

Como evitar?

Tanto para este desafio como para as dezenas de outros que circulam pela internet, o melhor conselho de pais e especialistas é o diálogo. Tonio Lusa, psicólogo e coordenador da Comissão de Psicologia e Cultura do Conselho Regional de Psicologia do Parana (CRP-PR), diz que os pais também podem ter uma parcela de culpa nisso.

Há registros do desafio no YouTube há pelo menos, mas os casos voltaram a acontecer recentemente. Foto: reprodução/YouTube.
Há registros do desafio no YouTube há pelo menos, mas os casos voltaram a acontecer recentemente. Foto: reprodução/YouTube.

“Os pais precisam estar conscientes com o que está acontecendo na internet, acompanhar e se atualizar para saber antes que algo assim ocorra”, explica. Para ele, a educação e os cuidados dos filhos não podem ser ‘terceirizados’ para os computadores.

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É o que Brandi Owens também recomenda aos pais, que acompanhem de perto o que os filhos veem na internet. Para ela, os cuidados vão além de apenas monitorar e manter um diálogo aberto sobre o que circula nas redes sociais.

“Outro conselho que eu tenho é que os pais deem mais amor aos seus filhos. Basta um piscar de olhos para que coisas ruins aconteçam”, completa.

Ameaças denunciadas

Se você receber ameaças via internet, como desafios, ataques ou chantagens pelas redes sociais, denuncie. O primeiro passo é coletar as provas da ameaça.

No WhatsApp, por exemplo, não basta tirar uma foto da tela, é preciso exportar a conversa – ferramenta que a plataforma mesmo disponibiliza.

>> 5 dicas para aumentar a privacidade ao usar o WhatsApp

Faça um registro dos documentos em cartório e busque pela Delegacia de Crimes Cibernéticos da cidade para registrar o boletim de ocorrência. Em Curitiba, o Núcleo de Combate aos Cibercrimes (Nuciber) está localizado na Rua José Loureiro, 376 – 2º andar.

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