Comportamento

Talita Boros Voitch

“Quem faz mini wedding para economizar começa errado”, diz cerimonialista das estrelas

Talita Boros Voitch
04/04/2017 09:00
Thumbnail

Mini wedding não são oportunidades de economizar, mas de tornar o casamento mais seleto (Foto: Bigstock)

Com 30 anos de atuação, o cerimonialista das famosas, Roberto Cohen, esteve em Curitiba no último domingo (2) para conversar com o público da feira Noivas Curitibanas, que aconteceu no fim de semana no pavilhão do Parque Barigui.
Cohen, que já produziu diversos casamentos de famosos como o de Fátima Bernardes e William Bonner, Juliana Paes, Carolina Dieckmann, Maria Ribeiro e Caio Blat, conversou com o Viver Bem sobre a tendência dos mini weddings.
Quais as dicas para quem quer apostar no mini wedding?
Primeiro que quem faz mini wedding para economizar começa errado. O custo fixo de um mini wedding e de um big wedding é praticamente o mesmo. O fotógrafo não cobra por pessoa, nem a música, ou o cerimonial. Nem o cabelo e o vestido. Na verdade, a única coisa que os noivos economizam é no buffet e um pouco na decoração. Isso é importante ressaltar.
Em que situação então o mini wedding deve ser uma opção?
O mini wedding é para os noivos que querem ter mais contato com os convidados, para os que desejam trocar um espumante por uma champanhe de excelente qualidade, por exemplo. Ou ao invés de servir um buffet, fazer um jantar com pratos. Quer dizer, melhorar a qualidade da festa e não diluir pela quantidade. O lado bom do mini wedding é poder usar espaços que não são tão conhecidos. Os noivos podem fazer um mini wedding até numa penthouse de um grande hotel. Tem suítes presidenciais que recebem bem até 20 pessoas. Por que não?
Qual é o tamanho correto de um mini wedding e como escolher o local ideal?
Mini wedding não tem mais de 80 convidados. Uma festa para 100 convidados já é um pequeno casamento. É importante escolher um espaço apropriado para o tamanho da festa. Não adianta fazer a cerimônia em uma grande igreja, onde os convidados ficarão diluídos. O mais bonito de um mini wedding é que cada convidado não é um convidado qualquer. Cada um foi eleito para estar ali. Ele entende que é especial. As cerimônias de mini wedding normalmente acontecem em pequenas capelas ou pequenos templos. Todos que estão lá conhecem bem a história do casal e sabem que não foram convidados só para fazer número. Os noivos que não quiserem casar em igreja, podem fazer a cerimônia num belo restaurante, na varanda ou até na pista de dança.
Como convidar parte dos amigos e da família sem cometer gafes?
Saber convidar é uma arte. É importante os noivos saberem como cortar a lista de convidados. Uma das coisas que eu sempre sugiro é cortar grupos inteiros. Porque quando você tira apenas algumas pessoas de cada grupo, isso sempre vai gerar desconforto e fofoca. Melhor, por exemplo, é não convidar o pessoal do trabalho. Ou não convidar os amigos do clube. Entre a família também é preciso haver critério. Tios de primeiro grau apenas? Primos, até que grau? É preciso deixar claro isso. Na hora de convidar, essa restrição tem que ser verbalizada. O importante neste caso é não deixar as pessoas imaginando se vão ou não vão ser convidadas.
Qual é a sua dica para quem deseja fazer um mini wedding inesquecível?
Eu sou muito avesso às tendências anuais e a modismos. Principalmente porque as coisas ficam muito pasteurizadas. Acho que quem está casando precisa fazer aquilo que deseja. Fazer um casamento que tenha a sua e que não tire o convidado da zona de conforto. Sou muito contra servir um excelente espumante se os convidados gostam só de cerveja. Ou então, servir escargot ou pratos exóticos se o seu público gosta de churrasco. Então acho que a tendência está sendo cada vez mais os noivos serem verdadeiros e naturais e atender bem seus convidados.
Leia mais