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Assionara Souza veio para Curitiba aos 11 anos e na cidade desenvolve uma sólida carreira literária. Foto: Reprodução Facebook.
Assionara Souza veio para Curitiba aos 11 anos e na cidade desenvolve uma sólida carreira literária. Foto: Reprodução Facebook.| Foto:

Morreu à 01h30 de ontem (20), em Curitiba, a escritora Assionara Souza, aos 49 anos. Nascida em Caicó, no Rio Grande do Norte, Assionara morava em Curitiba desde os 11 anos de idade. Ela enfrentava um câncer de intestino.

De acordo com a prima da escritora, Tatiana Canziani, Assionara estava em tratamento contra a doença, mas nos últimos meses não pôde prosseguir com o tratamento por recomendações médicas, pois segundo os especialistas não havia mais solução.

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Formada em Estudos Literários pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), ela era pesquisadora da obra de Osman Lins (1924-1978). Foi autora dos volumes de contos Cecília não é um cachimbo(2005) (que também dava o nome ao seu blog); Amanhãs com Sorvete! (2010); Os hábitos e os monges (2011); Na rua: a caminho do circo (2014); e Alquimista na chuva (poesia, 2017).

Sua obra chegou a ser publicada no México pela editora Calygramma. Também participou do coletivo Escritoras Suicidas. Idealizou e coordenou o projeto Translações: literatura em trânsito [antologia de autores]. Estreou na dramaturgia escrevendo a peça Das mulheres de antes (2016), para a Inominável Companhia de Teatro.

Nas redes sociais, amigos lamentam a morte da escritora. A amiga Mariana Basílio escreveu:

“Hoje o dia amanheceria nebuloso, previ. Soube agora que partiu a escritora Assionara Souza (1969 – 2018). Nascida em Caicó (RN), se formou em Estudos Literários pela UFPR, e pesquisava a obra de Osman Lins. Há um verso dela, tão preci(o)so:

‘Correr para onde, se é dentro o labirinto?
‘[…] Talvez ela nem existisse
Talvez fosse mesmo o tempo que se avoluma inundando tudo, cobrindo, fechando
Logo mais teríamos notícias dos últimos acontecimentos
Os deuses exigem tanto e por isso decidi aquele mesmo dia, além de me amarrar ao mastro
Também cobriria de cera os ouvidos
As sereias e suas bocas pequenas abriam e fechavam
Ainda hoje não escuto nada e tudo é líquido e estrondoso
Todos os caminhos levam ao corpo.'”

O corpo da escritora está sendo velado até ás 15h30 no Cemitério Vertical de Curitiba (Rua Konrad Adenauer, 940). O corpo será cremado.

 

 

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