• Carregando...
(Foto: Bigstock)
(Foto: Bigstock)| Foto:

Os dias que antecedem o Natal da família da Cristiane Bittar são sempre corridos. Ao lado do marido e do filho, amigos e demais familiares, a designer de 44 anos corre para buscar doações de brinquedos, doces e guloseimas, além de roupas, para serem entregues às crianças do Recanto Esperança, centro de desenvolvimento que oferece atividades à pessoas em situação de vulnerabilidade, e asilos de Curitiba. A tradição já vem ocupando o dezembro da família há 21 anos e cada um tem uma função especial.

Neste ano, assim como no ano passado, o marido e pai, Wagner Brandão, gerente comercial de 43 anos, será o Papai Noel. Cristiane se concentra em organizar e operacionalizar o processo e o filho, Artur, de nove anos, ajuda na distribuição dos presentes, enquanto também aprende sobre outras realidades sociais.

Cristiane e o Papai Noel, ou seu marido, no Natal do ano passado Foto: Arquivo pessoal
Cristiane e o Papai Noel, ou seu marido, no Natal do ano passado Foto: Arquivo pessoal

“Histórias [desses últimos anos] tenho muitas, mas acho que me emocionei mais ano passado, quando levei meu filho ao asilo pela primeira vez e vi todo o carinho e cuidado que ele tinha com os idosos. Ele ajudou a entregar os presentes, a servir o lanche que fizemos. É lindo ver que estamos passando esses valores para ele”, relembra Cristiane.

Há 21 anos, Cristiane e a família se envolvem na entrega de brinquedos e doces para crianças próximo do Natal Foto: Arquivo pessoal
Há 21 anos, Cristiane e a família se envolvem na entrega de brinquedos e doces para crianças próximo do Natal Foto: Arquivo pessoal

O projeto, chamado de Natal Mais Humano, foi criado por Juliano Koller Mendes e mais dois amigos, e atendeu cerca de 400 crianças no ano passado. Neste ano, a entrega dos presentes será feita no dia 23 de dezembro.

Polônia no Brasil

De origem espanhola e italiana, a família da Andrea Borgatto Appolinario Drabecki não tinha qualquer relação com a cultura polonesa – exceto pelo fato de viverem em São Mateus do Sul (e do seu recente casamento com um descendente de poloneses). Mesmo assim, Andrea e o pai, Sergio Antonio Appolinario, inspirados por um curso de língua polonesa, decidiram incorporar algumas das tradições natalinas ao encontro de fim de ano da família. Foi assim no ano passado e será da mesma forma nesse ano.

“Não seguimos tudo, porque algumas coisas tivemos que manter as nossas tradições também. Eles comem, na ceia de Natal, peixe. A nossa tradição é o peru, que se manteve. Mas é engraçado porque descobrimos que, para manterem o peixe fresco até o Natal, os poloneses têm o costume de deixá-lo, vivo, nas banheiras das casas. As crianças brincam com o peixe, todo mundo olha e, na ceia, ele vira o alimento”, relata a química, de 37 anos.

Foto: Eduardo Covalesky Dias / Levante Fotografia
Foto: Eduardo Covalesky Dias / Levante Fotografia| LARISSA DRABESKI

Dos costumes que a família adotou, dois já foram incorporados para as próximas festividades. “Colocamos feno embaixo da tolha da mesa, porque simboliza a manjedoura, humildade e pobreza. Também deixamos um lugar a mais montado na mesa, que eles dizem que é para o viajante solitário. A ideia é que ninguém pode passar o Natal sozinho, então se alguém bater a porta, pode entrar e passar o Natal com a gente”, diz Andrea.

Da cerimônia mais comum, a partilha do Oplatek, do pão ázimo, o pai Sérgio distribuiu um para cada membro da família. “Você os oferece a cada um e diz os seus votos de Natal para aquela pessoa. Meu pai e eu trocamos os nossos votos em polonês, assim como com o meu, na época, noivo e hoje marido”.

Outro costume incorporado ao Natal da família Appolinario foi esperar para começar as celebrações de Natal quando puderem ver a primeira estrela no céu – o que faz referência à estrela guia, da tradição cristã. A ideia foi aprovada por todos da família, mas principalmente pela sobrinha de Andrea, que na época tinha cinco anos e foi a primeira a ver a estrela. “Ela ficou o tempo todo na janela, esperando para ver a estrela. Lá na Polônia, nessa época, anoitece bem mais cedo, mas aqui esperamos até perto das 21 horas”, diz.

E como é na sua família?

Sua família tem uma tradição diferente para o Natal? Compartilhe com o Viver Bem! Envie uma mensagem pelo Facebook ou no e-mail viverbem@gazetadopovo.com.br.

LEIA TAMBÉM

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]