Medo de Ficar Sozinho – Como Evitar a Ansiedade de Separação?
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  • Por Animal
  • 28/11/2017 13:48

A síndrome da ansiedade de separação é um distúrbio comportamental muito comum, principalmente entre cães que vivem em apartamento, mas que causa sofrimento ao animal e diversos incômodos à família. Esse distúrbio acontece quando o cão apresenta sinais de mal estar com a separação ou a ausência de uma ou mais pessoas da família. É muito comum que esse distúrbio aconteça com cães resgatados ou com grau elevado de dependência emocional, como os que seguem uma ou mais pessoas da família por todos os cômodos e não conseguem brincar sozinhos.

Tudo começa com um choro e uma postura de desespero na hora da saída, logo após aquela despedida carinhosa. Depois começam os episódios de latidos incessantes, falta de apetite, portas arranhadas, móveis e objetos destruídos e por aí vai. Os sintomas podem chegar a salivação excessiva, tremores, aceleração das frequências cardíaca e respiratória, vômitos, excreções inapropriadas e até automutilação.

Para evitar esse sofrimento o primeiro passo é suspender as saudações, tanto de chegada quanto de saída, que não são interpretadas corretamente por eles. Entre os cães não existe “oi” ou “tchau” pois não existe separação prolongada. Se um cão precisa se ausentar do grupo, ele simplesmente sai. Quando volta, também não faz alarde. O máximo que acontece é o grupo cheirá-lo bem para saber se está tudo bem. Caso ele interaja com os outros ou faça qualquer sinal de interesse maior antes de sair, como latir ou correr muito rápido, outros membros do grupo o acompanham, pois existe um alerta naquela direção. É como se disséssemos “Vamos, precisamos resolver algo muito importante!” e o deixássemos presos. A preocupação aumenta a cada saída e o medo começa a aparecer, trazendo toda a lista de sintomas.

Mas a saudação é somente o primeiro passo. Aliada a ela é indispensável uma dieta equilibrada, em conjunto com uma rotina de exercícios físicos e mentais que sejam suficientes para as necessidades biológicas de trabalho de cada indivíduo. Cães de mesma raça e até da mesma ninhada apresentam diferentes necessidades de trabalho diário. Por via das dúvidas, brinque diariamente com o seu cão e estimule que ele faça exercícios físicos que o deixem cansado, além de seguir à risca as orientações de dieta do veterinário.

O último passo é a dessensibilização do evento de saída. Precisamos mostrar ao cão que saímos mas voltamos antes que ele fique preocupado. Uma forma fácil é sair de casa e voltar imediatamente várias vezes, em momentos diferentes do dia, repetindo todos os detalhes da saída, como pegar bolsa, carteira, chaves, como se realmente fosse uma saída mas que no mesmo instante se transforma numa chegada. No começo as reações de agitação são como as de sempre, mas conforme as repetições vão acontecendo, as reações vão ficando menos e menos intensas. O segredo é não dar atenção ao cão durante as repetições, seja com palavras, carinho e até o contato visual, ou seja, faça de conta que ele não existe. Muitos quadros iniciais de ansiedade de separação são solucionados já com esses primeiros exercícios e muitos incômodos são evitados.

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