Saúde e Bem-Estar

Como fazer esporte sem se machucar

Da redação
15/01/2016 11:03
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A cabeça é a região do corpo infantil mais atingida durante a prática de atividades físicas. Isso porque as crianças ainda não são capazes de protegê-la quando caem ou sofrem impactos, que acontecem com frequência durante as brincadeiras mais agitadas. Mais de 52 mil crianças entre zero e 14 anos foram hospitalizadas devido a quedas, segundo dados do Ministério da Saúde de 2013, sendo a maior causa de internações nessa faixa etária.
Em segundo lugar estão os traumas nos braços e pernas, especialmente entre os menores de 10 anos. Esses acidentes, conforme estima a organização Criança Segura, estão relacionados aos passeios de bicicleta, uso de patins, jogos com bola, que expõem os membros a lesões.
Alguns cuidados podem prevenir ou reduzir esses acidentes e a Criança Segura separou todos em um guia, que pode ser visto completo aqui. A cartilha Prevenções de Lesões no Esporte traz os principais machucados que podem acontecer com as crianças durante a prática esportiva e dá dicas aos pais de como evitálos. Confira alguns deles abaixo:
Principais lesões
Desidratação: Você sabia que a capacidade de transpiração das crianças é menor que nos adultos? Assim, elas têm maior risco de doenças provocadas pelo calor, como a desidratação ou insolação, e precisam de uma ingestão de líquidos mais frequente. Além disso, elas também produzem maior calor por unidade de massa corporal durante as atividades físicas. Deixe com a criança uma garrafa de água enquanto está praticando atividades físicas, incentive que ela tome com frequência, e que faça pequenas pausas durante os treinos ou jogos.
<<< Dê a criança a quantidade mais adequada de água para a idade dela. A Academia Norte-Americana de Pediatria recomenda 150mL para uma criança de 40kg  e 270mL para um adolescente de 60kg a cada 20 minutos >>>
Lesão por esforço repetitivo: Todo pai sabe como é difícil tirar a criança de um jogo ou esporte que ela gosta e está se divertindo. Mas, é importante ter pequenas pausas ao longo do treino para evitar lesões, especialmente se a criança for um jovem atleta, além de realizar aquecimento antes da prática esportiva. Isso aumenta a circulação do sangue nos músculos, tornando-os mais flexíveis e menos propensos a entorses. As lesões por esforço repetitivo são mais frequentes entre os adolescentes, quando os ossos são menos resistentes ao estresse.
<<< Se a criança pratica dois ou mais esportes que usam a mesma parte do corpo, como natação e voleibol, o risco de desenvolver lesões é maior do que àquela que pratica futebol ou basquetebol, que enfatiza diferentes grupos musculares. Na natação, os ombros são mais sobrecarregados, enquanto que no futebol são as pernas e o voleibol são os braços >>>
Trauma na cabeça (concussão): Concussão é um tipo de lesão cerebral causada por uma colisão, choque ou trauma na cabeça, e faz com que o cérebro se mova rapidamente para frente e para trás. Ficou assustado? Se não forem detectadas precocemente, as concussões podem resultar em danos cerebrais de longo prazo ou, ainda, levar a morte. Sempre faça com que a criança use equipamentos de proteção individual adequados para a atividade, como capacete, joelheiras e tornozeleiras.
<<< Fique atento aos sinais: Se a criança caiu e ficou atordoada ou confusa, apresenta falta de equilíbrio, perda de consciência, mesmo que brevemente, apresenta mudança de humor e comportamento, náusea ou vômito, sensibilidade à luz, dor ou “pressão” na cabeça e visão dupla ou turva, leve ao médico >>>
Afogamento: Até os quatro anos de idade, os acidentes por afogamento tendem a acontecer dentro de casa. Com o passar dos anos, esse tipo de acidente acontece em áreas externas, como piscinas do clube, rios e no mar. Ensine seu filho a flutuar a partir dos dois anos de idade, e a nadar a partir dos quatro anos, com instrutores qualificados ou em escolas de natação especializadas.
<<< As boias nem sempre salvam vidas. Boias de braços deixam apenas os membros boiando, e podem ser retiradas com facilidade pela criança. Boias de cintura não evitam que as crianças mergulhem a cabeça na água e ainda podem fazer com que ela vire de cabeça para baixo, ou deixá-las escapar pelo orifício central. Prefira o colete salva-vidas, além da supervisão atenta dos adultos >>>