Histórico

Gravidez consciente

Jennifer Koppe
04/02/2007 23:51
jenniferk@gazetadopovo.com.br
A mais recente obra do médico, filósofo e mestre da medicina alternativa, Deepak Chopra, é para as gestantes e para os pais de primeira viagem. Origens Mágicas, Vidas Encantadas é uma espécie de guia, que analisa com detalhes os processos de concepção, gestação e nascimento, do ponto de vista fisiológico, psicológico e espiritual.


Eu leio
Na opinião de Chopra, uma gestação saudável e tranqüila não é benéfica apenas para a criança, mas para toda a sociedade. Para ele, os principais males sociais são causados pela falta de equilíbrio entre o corpo, a mente e a alma. E este problema pode ter início antes mesmo do nascimento, ainda na barriga da mãe.
Por isso, é importante prezar pelo bem-estar do feto desde as suas primeiras semanas de existência. Mesmo minúsculos, possuem a capacidade de distingüir sons agradáveis ou incômodos, sentir cheiros e vivenciar emoções.
Uma alimentação rica e equilibrada é de fundamental importância para a saúde da mãe e do bebê. Cada refeição deve conter, por exemplo, os seis sabores básicos da vida: doce, ácido, picante, salgado, amargo e adstringente. O estresse também deve ser evitado a todo custo através de exercícios de relaxamento e mudanças de comportamento sutis, para evitar brigas e decepções.
Constam no livro exercícios e atividades que ajudam a combater as dores de coluna, os enjôos e principalmente as inseguranças em relação ao futuro. Grande parte das dicas e das receitas são baseadas na medicina ayurvédica – como as massagens, os chás e a prática do ioga. Existe também um capítulo especial dedicado aos pais, ajudando-os a se prepararem para essa nova fase da vida.
Serviço: Origens Mágicas, Vidas Encantadas – Um Guia Holístico para a Gravidez e o Nascimento, de Deepak Chopra, David Simon e Vicki Abrams, Editora Rocco, R$ 34.
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Ajuda
Que Deus me Ajude! O estresse está me enlouquecendo
Gregory K. Popcak
Nova Era
Com base em depoimentos reais e esquemas práticos, o livro dá dicas sobre como controlar a ansiedade e manter o equilíbrio, mesmo diante de situações de estresse. A idéia é combinar habilidades psicológicas com técnicas espirituais e o humor sempre em alta a fim de evitar o desgaste e resgatar a qualidade de vida.
Letrinhas
O Mistério da Terceira Meia
Rosana Rios
Difusão Cultural do Livro
A mistura das leituras do diário da pequena Ariadne, trechos de literatura da mitologia grega e cartas escritas para o avô servem para ambientar a aventura da menina que resolve descobrir quem é o ladrão de suas meias. Detalhe, o sumiço é real e a literatura foi o jeito que a autora encontrou para solucionar o mistério.
Clássico
A Polaquinha
Dalton Trevisan
A Polaquinha, de 1985, é uma exceção na bibliografia de Dalton Trevisan: trata-se do único livro em que o escritor não utilizou o recurso do conto curto que o consagrou. É um romance. Um romance nada convencional, diga-se. Mesmo sendo uma novela, mantém o estilo característico do autor, de leitura rápida, concisa. O cenário, como sempre, são os subúrbios de Curitiba. E a personagem principal, uma curitibana de classe média, vida simples, uma qualquer. Tão desejada quanto desdenhada pelos homens que conhece ao longo da vida. A própria protagonista se apresenta e, em primeira pessoa, nos conta suas primeiras experiências sexuais no pequeno mundo que a rodeia. E assim segue, narrando seus amores, romances, casos. João, a descoberta da sexualidade; Nando, o advogado que a apresentou ao orgasmo; Tito, o brutamontes motorista de ônibus. Por aí vai. Entre relacionamentos com casados, depravados, cafajestes ou fracassados, Polaquinha é usada e leva uma vida sexual ordinária. Até que, fim cruel, termina como prostituta. Mesmo sendo um livro que mergulha nas mazelas do ser humano, falando de pessoas infelizes em situações patéticas, A Polaquinha garante ao leitor boas risadas. Proeza daltoniana.
Eduardo Aguiar
Aspas
“Diadorim! Diadorim era uma mulher. Diadorim era mulher como o sol não acende a água do rio Urucúia, como eu solucei meu desespero. (…) Eu estendi as mãos para tocar naquele corpo, e estremeci, retirando as mãos para trás, incendiável: abaixei meus olhos. (…) E eu não sabia por que nome chamar; eu exclamei me doendo: ‘Meu amor!…’”
João Guimarães Rosa, em Grande Sertão: Veredas.