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A grávida percebe que sua pressão está mais alta do que o comum: cuidado! Isso pode ser indício de eclâmpsia, uma doença responsável por 14% das mortes maternas no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde. Quadro mais grave da pré-eclâmpsia, quando se detecta o aumento repentino e elevado da pressão arterial a partir da 20ª semana de gravidez, ela pode colocar a saúde de mãe e bebê em risco.

Entre os sintomas, segundo o obstetra Edison Luiz de Almeida Tizzot, vice coordenador do curso de medicina da Universidade Federal do Paraná, estão dor de cabeça intensa, inchaço repentino, dor na altura do fígado e, no estágio mais grave, as temidas convulsões. A única maneira de curá-la é realizando o parto, fazendo com que o organismo entenda que aquele corpo estranho no útero está sendo expelido, voltando às funções normais. “A gravidez tem um efeito tóxico sobre o organismo, por isso ao detectar os sintomas procure imediatamente um médico para iniciar o tratamento mais adequado, com medicamento específico e, na maioria dos casos, com o nascimento da criança”, diz o médico obstetra Tizzot.

Para grávidas que apresentam pré-eclâmpsia, uma medida para não chegar à eclâmpsia é fazer muito repouso e seguir o acompanhamento médico, diz Rosiane Mattar, presidente da Comissão de Alto Risco da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Mesmo sendo uma doença grave, a eclâmpsia pode ser evitada com um acompanhamento médico regular durante o pré-natal. “É muito importante a grávida realizar um pré-natal adequado com o seu obstetra, pois haverá o monitoramento contínuo da pressão e de outros sintomas, dando tempo ao médico para iniciar um tratamento mais eficaz”, diz ela.

 

Diferenças

Veja o que muda do estágio de pré-eclâmspia para o de eclâmpsia:

Pré-eclâmpsia

O que é – aumento elevado da pressão arterial.

Causa – desconhecida, se cogita a má formação de vasos sanguíneos para a placenta.

Sintomas – rápido aumento de peso em uma semana; inchaço na face e extremidades; náuseas e vômito; convulsão; dores de cabeça; alteração da visão; dor abdominal e falta de ar.

Fatores de risco – primeira gravidez; histórico familiar; gravidez após os 35 anos; gestação múltipla; obesidade e diabete tipo 1 ou 2.

Tratamento – consultas frequentes no pré-natal e repouso.

Eclâmpsia

O que é – convulsão durante a gravidez.

Causas – complicação da pré-eclâmpsia e, em casos mais raros, excesso de proteína na urina ou insuficiência hepática.

Sintomas – convulsões, dores de cabeça ou muscular; perda de consciência e agitação.

Fatores de risco – primeira gravidez; histórico familiar de pré-eclâmpsia; gravidez acima dos 35 anos; gravidez múltipla; obesidade; diabete tipo 1 ou 2.

Tratamento – hospitalização e a realização do parto.

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