Moda e beleza

Da Redação, colaborou Monique Portela

Clube de assinatura lança caixa de produtos de beleza dedicado às mulheres negras

Da Redação, colaborou Monique Portela
07/05/2017 19:00
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Graucianna Santos, Bárbara Vieira e Élida Aquino criaram a AfrôBox, o primeiro clube de assinatura de beleza para mulheres negras do Brasil. Foto: Divulgação / Produtora Mó

Assinar uma caixa de beleza é fácil. Difícil mesmo é receber produtos que atendam às especificidades da beleza negra e do cabelo crespo. Foi assim que Bárbara Vieira, hoje diretora operacional da AfrôBox, empreendeu no primeiro clube de assinatura de beleza para mulheres negras e cabelos crespos do Brasil, ao lado das sócias Élida Aquino, Graucianna Santos e Saulo Batista.
Todos os meses, a Afrôbox envia uma caixa com cinco a oito produtos personalizados, de acordo com o perfil de beleza que a própria consumidora cadastra no site. Os valores das caixas variam de R$ 64,90 para uma assinatura única a R$ 52,90, por mês, para a assinatura anual. Nesses preços, o frete está incluso e não é possível escolher os produtos de beleza, já que toda a curadoria é feita pela Afrô.
Os valores, inclusive, estão menores daqueles encontrados no mercado tradicional. Caixas de beleza que não são específicas para o cabelo crespo, por exemplo, variam de R$ 52 a até R$ 260 por mês.
Desde seu lançamento, em dezembro de 2016, a empresa enviou mais de 200 caixas para todo o Brasil. Embora a maior parte das assinantes seja do Rio de Janeiro e de São Paulo, a Afrô entrega em qualquer estado brasileiro.
“Mais do que atender uma demanda de mercado, a AfrôBox tem como objetivo levar empoderamento e autoestima por meio do consumo”, diz Bárbara, uma das sócias proprietárias do negócio. 
“Padrão” esquecido 
Cabelo crespo é diferente de cabelo cacheado ou ondulado, da mesma forma como a pele negra não é única. Mas essas questões nem sempre são levadas em consideração na hora das empresas desenvolverem produtos voltados a esse público, conforme explica Bárbara. “Ainda há o erro constante de nos colocar dentro de um ‘padrão’ de pele e cabelos, quando somos tantas e com uma pluralidade tão bonita”, reforça.
A partir dessa demanda do mercado de beleza surgiu a Afrô, que antes de nascer teve a ideia testada em uma pesquisa de mercado pelas sócias. Dos resultados encontrados pelas empreendedoras, as mulheres negras têm alto grau de escolaridade, gastam um valor considerável com cosméticos e frequentemente estão insatisfeitas com o que está disponível nas prateleiras. “O resultado foi muito diferente da ideia que o mercado de cosméticos tem sobre essas consumidoras”, aponta Bárbara.
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