Moda e beleza
Marina Mori
Brechós de Instagram vendem roupas em segundos; saiba como garimpar as peças
O perfil do brechó online Camélia Vintage, da curitibana Maíra Roesler, ganha em média 90 seguidores toda semana no Instagram. Foto: Maíra Roesler.
Faz tempo que comprar roupas online é uma facilidade. A novidade, porém, é que a internet agora abrange um público consumidor mais específico: os brecholeiros. Em vez de sair de casa para garimpar peças exclusivas e raras nos brechós da cidade, basta dar uma olhada no feed do Instagram. A rede social, que reúne mais de 800 milhões de usuários ativos por mês, de acordo com o Facebook, se tornou, no último ano, um verdadeiro e-commerce das peças de segunda mão.
Só no Brasil, há centenas de contas – muitas do Paraná, do Rio Grande do Sul, de São Paulo – que vendem para o país inteiro. Mas essa oferta abrangente tem suas consequências: em especial, a concorrência. É preciso agir rápido para garantir aquela jaqueta estilosa ou a calça que você estava procurando.
Assim que a foto da peça é publicada, ganha o direito de reserva quem comentar primeiro – em alguns perfis mais badalados, que contam com mais de 15 mil seguidores, a roupa é vendida em questão de segundos.
Profissão: garimpeira de sucesso
Maíra Roesler, 24, é formada em jornalismo, mas há mais de um ano dedica-se inteiramente a uma paixão antiga: garimpar roupas usadas. Ela segue um cronograma bem delineado para manter seu brechó online, o Camélia Vintage, sempre cheio de novidades. De terça a sexta-feira, ela passeia por Curitiba em busca de peças que vão conquistar sua clientela – tem gente até do interior do Pará. “Quando consigo uma boa quantidade de peças, monto uma nova coleção”, explica.
A cada 10 ou 15 dias, ela lança uma nova leva com cerca de 20 peças que variam de R$ 30 a R$ 120. O preço, segundo Maíra, depende da exclusividade, do material e da conservação da roupa. Quando necessário, ela faz alguns reparos na peça antes de colocá-la à venda.
“O Instagram é o principal meio de divulgação e funciona muito bem. Muita gente tem preguiça de ir até o site e quer comprar direto pelo aplicativo”, diz Maíra. Os números não mentem. O perfil do Camélia Vintage na rede social ganha, em média, 90 novos seguidores por semana. Dali, boa parte migra para o site, onde são feitas as vendas – ao todo, são cerca de oito mil acessos por mês.
Mesmo assim, ela usa a rede social como vitrine e procura redirecionar os seguidores para o site, onde a compra é realizada. “Lá tem mais informações, é mais fácil de acrescentar detalhes.”
Ponto negativo
Embora seja mais prático e cômodo comprar pela internet, existe um fator que pesa na hora de adquirir uma peça de brechó online: o frete. Os clientes que moram longe às vezes pagam mais pela entrega do que pela peça em si. “Esse é um dos pontos mais desanimadores”, afirma Maíra.
Nem tudo que reluz é ouro
Antes de sair reservando tudo quanto é roupa que aparece no feed, é preciso ficar atento aos detalhes. As peças podem parecer impecáveis nas fotos, mas as chances de que tenham algum defeito (ou estejam mais desgastadas do que os filtros do Instagram mostram) são grandes.
Na dúvida, a dica é trocar mensagens com os administradores do brechó e pedir mais fotos da roupa. Se a peça for uma camisa ou uma jaqueta, verifique as mangas e as costuras das axilas; no caso de um suéter, vale analisar se há muitas bolinhas ao longo do tecido. Para calças e shorts, é importante checar a costura do fundo – geralmente a região fica bem gasta mas só dá para ver com uma foto aproximada.
Para todos os gostos
Em geral, os brechós de Instagram têm públicos bem segmentados. Uns garimpam peças estilo vintage, outros revendem apenas roupas e acessórios de grifes. Tem para todos os gostos. Conheça alguns deles abaixo:
Acrvo Brechó
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Velharia Brechó
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Brechó 13
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Mood Brechó
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Gato Preto Brechó
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Ô Bem Amado Brechó
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High Voltage Brechó
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Troc Brechó
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