Pouco mais de 60 km de estrada, no sentido Ponta Grossa-Guarapuava, levaram a Expedição da Moda até Imbituva, a capital das malhas do Paraná. Suas peças em tricô são referência para o sul do país, tanto na confecção para grandes marcas, como Colcci, Morena Rosa e Ellus, quanto no crescente investimento de grifes locais. “Oferecemos capacitação aos empresários e trabalhadores”, conta Verli Moleta, presidente da Associação das Malharias de Imbituva (Imbitumalhas).
A tradição do tricô na cidade começou no fim dos anos 1970, com a criação das primeiras empresas familiares, com um processo quase artesanal. Passando o ofício de geração a geração e com um alto investimento em tecnologia, hoje a Imbitumalhas conta com cerca de 30 empresas. “Aqui não há concorrentes. É só com a união de todos que conseguimos melhores preços dos fornecedores”, salienta Moleta.
Nas fábricas, antigas máquinas de tricô dividem espaço com o que há de mais avançado na produção de malharia, com peças que saem totalmente prontas, sem a necessidade de costuras ou acabamentos. Na Universal Malhas, com cerca de 20 anos de história, a proprietária Soely Stadler conta que a empresa começou com o investimento de apenas dois salários mínimos e com o empréstimo das máquinas que sua mãe usava na antiga malharia. “As primeiras vendas foram pagando os equipamentos e aos poucos investimos mais, com muita vontade de trabalhar, vendo que havia um mercado promissor e sempre querendo fazer com que o negócio crescesse”, conta. E foi esse investimento pessoal que fez com que a marca crescesse e não precisasse depender da facção para outras grifes. Hoje, a Universal chega a produzir até 4 mil peças por mês com a marca que leva o nome da empresa.
