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Redação
Benetton é criticada por fazer propaganda com imigrantes resgatados
Foto: Reprodução Instagram / Benetton
A marca italiana Benetton está sendo duramente criticada nas redes sociais por conta de uma postagem polêmica. Há dois dias, a empresa publicou em seu perfil no Instagram e no Twitter uma foto de imigrantes resgatados no Mediterrâneo com o logo “United Colors of Benetton”. Após a publicação, milhares de comentários acusaram a marca pelo uso de uma cena real e trágica com fins lucrativos.
No Twitter, a organização humanitária francesa que fretou o Aquarius, navio que resgatou os imigrantes, se posicionou de forma categórica. “A SOS Méditerranée se dissocia completamente dessa campanha que mostra uma foto tirada quando nossas equipes resgatavam pessoas em perigo”, declarou.
A fotografia foi tirada durante uma operação de resgate no dia 9 de junho. No registro, dezenas de imigrantes com coletes salva-vidas vermelhos aparecem confinados em um bote inflável no mar Mediterrâneo. Até o momento, a Benetton não se posicionou sobre o assunto.
Até mesmo o ministro italiano do Interior e vice-primeiro-ministro, Matteo Salvini, que negou a recepção dos 629 imigrantes do Aquarius em seus portos, se posicionou a respeito da publicação. “Apenas eu acho que isso é repugnante?” tuitou.
Em um comentário na postagem do Instagram, um usuário compartilhou sua decepção com a Benetton. “É nesse nível tão baixo que nossa sociedade afundou? Usando fotos de pessoas pobres em angústia para vender mais e mais? Qual é o seu posicionamento sobre os imigrantes atualmente? Tenham ao menos a coragem de falar. Façam uma declaração, se for preciso, mas não isso. Isso vai além do cinismo”, escreveu.
Não é a primeira vez que a Benetton se envolve em polêmicas com suas campanhas publicitárias. Na década de 90, a marca impactou o mundo com fotos de Oliviero Toscani. Os registros eram variados: um doente de aids em agonia, uma freira beijando um padre e uma mulher negra amamentando um menino branco.
Em 2011, outra polêmica, desta vez com fotomontagens que mostravam líderes mundiais beijando-se na boca.
Mas a marca italiana está longe de ser a única. Recentemente, a brasileira Lança Perfume foi criticada por produzir uma coleção de inverno com estampas que remetiam ao nazismo. A grife recolheu todas as peças à venda após a polêmica.
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