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(Foto: Own Lab)
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A questão de gênero já vem balançando o mundo da moda há algum tempo e agora é a vez da moda infantil. Com modelagens que podem ser usadas tanto por meninos quanto por meninas, marcas investem na ideia de fazer roupa para criança ser criança. Além disso, a ideia de versatilidade no guarda-roupa conversa diretamente com a prática do consumo consciente.

“Acreditamos que a ausência de gênero, além do aspecto social, também possui um aspecto econômico. Buscamos cada vez mais garantir uma maior vida útil às peças e um descarte muito menor, conseqüentemente vemos que o fato das peças serem unissex facilita a passagem de roupa de uma criança para outra, como por exemplo de um irmão para uma irmã, contribuindo assim para um comportamento de consumo consciente”, coloca Stefany Vechi, fundadora da Florim.

Florim, resgatando a essência do ser criança

A marca curitibana Florim, criada pelas designers de moda Muriel Seguro e Stefany Vechi, surgiu de um projeto de TCC e desenvolve roupas infantis sem distinção de gênero e sem coleções formais. Elas perceberam que as roupas infantis eram praticamente miniaturas das roupas adultas e sentiram a necessidade de pensar em roupas confortáveis e com simplicidade.

“Acreditamos ser de suma importância trabalhar a igualdade entre os gêneros desde a infância, contribuindo para um futuro onde comportamentos como a desigualdade de gênero, o preconceito, a exclusão, a misoginia, e o machismo possam finalmente perder força e acabar”, comenta Stefany.

Marcas apostam na moda infantil sem gênero(Foto: Owl Lab)
(Foto: Owl Lab)

Coleção de pai para filho

A marca PUC e o estilista Alexandre Herchcovitch lançaram uma coleção para dar um respiro na divisão clássica entre azul e rosa.

A parceria faz parte do Projeto PUC LAB, que explora novos ares criativos por meio da colaboração de designers, marcas e estilistas que tenham sinergia com a identidade da marca. Algo que influenciou na escolha de Alexandre para inaugurar o projeto foi o fato dele ser pai de meninos que usam roupas da PUC.

“A minha relação com a PUC é bastante íntima. Eu sou cliente há muito tempo, eu compro roupas para os meus filhos e agora eu tive a oportunidade de criar uma coleção desenhada por mim. Meus filhos podem usar de tudo. A coleção é democrática, para todos”, comenta ele, em entrevista a ELLE.

(Divulgação/PUC)
(Divulgação/PUC)
(Divulgação/PUC)
(Divulgação/PUC)

Entre os modelitos estão coletes, moletons, camisetões e calças com modelagens soltas que podem transitar nos armários dos pequenos. A cartela de cores que tem cinza, azul, vermelho e preto ganha diversão com as listras estratégicas, xadrez e estampas que brilham no escuro.

As crianças também questionam

Essa reviravolta nas coleções infantis não surgiu apenas na cabeça dos adultos, não. Em janeiro, a americana Alice Jacob, de 5 anos, questionou a marca GAP sobre a divisão entre roupa de menino e roupa de menina. Indignada, ela enviou uma carta à marca onde questionava: “Eles têm Superman, Batman, rock’n’roll e esportes. E quanto as garotas que também gostam dessas coisas, como eu e minha amiga Olivia?”. Em resposta, a marca admitiu a falha e prometeu melhorar.

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